Internet precisa de acordos internacionais, defende Paulo Bernardo — Rádio Senado

Internet precisa de acordos internacionais, defende Paulo Bernardo

LOC: A INTERNET PRECISA DE ACORDOS INTERNACIONAIS, E O BRASIL NECESSITA INVESTIR MAIS EM UM SISTEMA SOBERANO PARA O SETOR DE COMUNICAÇÕES ESTRATÉGICAS.  

LOC: AS MEDIDAS FORAM DEFENDIDAS DURANTE AUDIÊNCIA DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES COM O MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES, PAULO BERNARDO. REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA. 

TÉC: O momento é da maior gravidade, mas pode tornar-se uma oportunidade para que o mundo discuta a situação atual da Internet, e também para que o Brasil invista de maneira consistente no setor de comunicações estratégicas. Estas foram as propostas defendidas pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, e por outros senadores, durante reunião do colegiado com o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações. Para Ferraço, as notícias de que milhões de comunicações feitas por brasileiros, pela Internet ou telefônicas, foram monitoradas pelo sistema de espionagem americano são gravíssimas e explicitam que o setor precisa urgentemente de regulação internacional, sem prejudicar a liberdade de expressão. 

(RICARDO FERRAÇO): Quando evidentemente nós falamos em regulamentação, nós não estamos falando em qualquer tipo de regulamentação de conteúdo, mas de limites entre as nossas nações, face às evidências destas gravíssimas denúncias relacionadas à espionagem, à violação dos direitos da pessoa humana, à violação das nossas empresas, a necessidade de nós desenvolvermos os nossos investimentos na direção de melhorar o nível de proteção da informação brasileira. 

(REPÓRTER): O presidente do colegiado ainda lembrou também que cabe à presidente Dilma Rousseff abrir a Assembléia-geral anual da ONU, e questionou se este não seria o momento ideal para o Brasil propor, formalmente, regulamentação internacional para o setor. Paulo Bernardo afirmou que o Governo não descarta recorrer à ONU. 

(PAULO BERNARDO): Nós precisamos discutir isto na esfera internacional, nós precisamos de Tratados internacionais. Os Estados Unidos sistematicamente se recusam a discutir isso. A orientação que a presidenta Dilma nos deu, nós vamos acionar os organismos internacionais, vamos à ONU. 

(REPÓRTER): A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, lembrou que o americano Edward Snowden, que liberou milhares de documentos sobre a espionagem do governo dos Estados Unidos, trabalhou na mesma empresa que prestou assessoria no processo de privatização do setor de telecomunicações do Brasil.
11/07/2013, 01h35 - ATUALIZADO EM 11/07/2013, 01h35
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