Ministro Gilberto Carvalho disse que governo está atento às manifestações
LOC: O MINISTRO GILBERTO CARVALHO DISSE NO SENADO NESTA TERÇA-FEIRA QUE O GOVERNO ESTÁ ATENTO ÀS MANIFESTAÇÕES QUE TOMARAM CONTA DO PAÍS DESDE A ÚLTIMA SEMANA.
LOC: PARA O SECRETÁRIO-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, O MOMENTO É DE HUMILDADE PARA ENTENDER OS PROTESTOS E SUAS REIVINDICAÇÕES. A REPORTAGEM É DE ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: O ministro Gilberto Carvalho explicou aos senadores da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle que o governo ainda está tentando compreender as manifestações, que nasceram da internet e abraçaram uma grande variedade de reivindicações.
(Gilberto Carvalho) A primeira atitude eu acho que é uma atitude de humildade, de buscar entender a complexidade do que está ocorrendo. E de fato está difícil de entender. Porque nós estamos acostumados a mobilizações com carros de som, com organização, com gente com quem negociar. Agora eles mesmos dizem, nós não temos uma liderança, múltiplas lideranças. Então se a gente não for sensível, se a gente se fechar a esse tipo de reivindicação, nós vamos na contramão da história.
(Repórter) O secretário-geral da Presidência da República disse que vem recebendo grupos de manifestantes e anotando quais são as principais causas dos protestos. Entre elas, a baixa qualidade de serviços públicos, em especial nas áreas de saúde, educação, transporte e segurança pública. Para o senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, o motivo é a falta de sintonia entre os interesses dos governos e da população.
(José Agripino) As prioridades do governo não são as prioridades da sociedade. Alguns devem dizer: eu quero metrô, e o governo aparece com financiamento para geladeira e fogão; eu quero uma solução para a fila do SUS e o governo aparece com o estádio Mané Garrincha; eu quero o feijão pelo preço do mês passado e o governo aparece com um 39º ministério.
(Repórter) O senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, disse que tanto o Executivo como o Parlamento necessitam de uma nova agenda, pois a da redução da pobreza e do aumento do consumo já está esgotada. Gilberto Carvalho concordou com a avaliação, e revelou que a presidente Dilma está estudando que medidas tomar agora.
(Gilberto Carvalho2) Nós estamos falando aqui na geração pós-bolsa família, da geração pós-desemprego, onde a questão do emprego hoje não é a questão gritante. Que que é agora? São outras demandas que vão se apresentando. Há uma insatisfação maior. E a posição da presidenta nesse momento é uma posição de abertura, de tentativa de diagnóstico e de reagir de maneira adequada sem pretensão de ter um único remédio.
(Repórter) O ministro disse ainda que a ação da polícia, muito criticada pela violência nos primeiros protestos, foi melhor coordenada nas manifestações seguintes. Para ele, o limite da liberdade das mobilizações é, por exemplo, invadir o prédio do Congresso ou impedir torcedores de entrar nos estádios.
LOC: PARA O SECRETÁRIO-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, O MOMENTO É DE HUMILDADE PARA ENTENDER OS PROTESTOS E SUAS REIVINDICAÇÕES. A REPORTAGEM É DE ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: O ministro Gilberto Carvalho explicou aos senadores da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle que o governo ainda está tentando compreender as manifestações, que nasceram da internet e abraçaram uma grande variedade de reivindicações.
(Gilberto Carvalho) A primeira atitude eu acho que é uma atitude de humildade, de buscar entender a complexidade do que está ocorrendo. E de fato está difícil de entender. Porque nós estamos acostumados a mobilizações com carros de som, com organização, com gente com quem negociar. Agora eles mesmos dizem, nós não temos uma liderança, múltiplas lideranças. Então se a gente não for sensível, se a gente se fechar a esse tipo de reivindicação, nós vamos na contramão da história.
(Repórter) O secretário-geral da Presidência da República disse que vem recebendo grupos de manifestantes e anotando quais são as principais causas dos protestos. Entre elas, a baixa qualidade de serviços públicos, em especial nas áreas de saúde, educação, transporte e segurança pública. Para o senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, o motivo é a falta de sintonia entre os interesses dos governos e da população.
(José Agripino) As prioridades do governo não são as prioridades da sociedade. Alguns devem dizer: eu quero metrô, e o governo aparece com financiamento para geladeira e fogão; eu quero uma solução para a fila do SUS e o governo aparece com o estádio Mané Garrincha; eu quero o feijão pelo preço do mês passado e o governo aparece com um 39º ministério.
(Repórter) O senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, disse que tanto o Executivo como o Parlamento necessitam de uma nova agenda, pois a da redução da pobreza e do aumento do consumo já está esgotada. Gilberto Carvalho concordou com a avaliação, e revelou que a presidente Dilma está estudando que medidas tomar agora.
(Gilberto Carvalho2) Nós estamos falando aqui na geração pós-bolsa família, da geração pós-desemprego, onde a questão do emprego hoje não é a questão gritante. Que que é agora? São outras demandas que vão se apresentando. Há uma insatisfação maior. E a posição da presidenta nesse momento é uma posição de abertura, de tentativa de diagnóstico e de reagir de maneira adequada sem pretensão de ter um único remédio.
(Repórter) O ministro disse ainda que a ação da polícia, muito criticada pela violência nos primeiros protestos, foi melhor coordenada nas manifestações seguintes. Para ele, o limite da liberdade das mobilizações é, por exemplo, invadir o prédio do Congresso ou impedir torcedores de entrar nos estádios.
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