Baixo custo do gás de xisto nos EUA preocupa senadores
LOC: O BAIXO CUSTO DO GÁS DE XISTO NOS ESTADOS UNIDOS PREOCUPA SENADORES, QUE TEMEM A PERDA DE INVESTIMENTOS NO BRASIL.
LOC: PARA VALDIR RAUPP, O BRASIL PRECISA AUMENTAR A PRODUÇÃO DE GÁS PARA EVITAR A SAÍDA DE EMPRESAS. REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, reclamou da atuação brasileira na extração de gás, um dos principais insumos de indústrias como a de vidro e cerâmica. O senador lembrou que os Estados Unidos deixaram de importar e passaram a ser grandes exportadores do produto, graças à exploração do gás de xisto, que é extraído pela fragmentação desse tipo de rocha. Com isso, o preço do gás norte-americano caiu de nove para menos de dois dólares por milhão de BTUs. Enquanto isso, aqui o preço está entre 12 e 16 dólares. O resultado foi a suspensão de investimentos no Brasil e a transferência de unidades de produção para outros países. Valdir Raupp afirmou que, embora o Brasil seja dono de grandes jazidas, tem deixado de explorar para comprar o gás boliviano que custa cada vez mais caro. Ele pediu mais ousadia do governo:
(Valdir Raupp) O Brasil tem que investir alto, investir pesado em novas prospecções. Descobertas de jazidas, colocar nossas jazidas para funcionar. Nós temos hoje o gás lá no amazonas, hoje Manaus já tem gás canalizado lá da Bacia do Urucu. Novas descobertas estão acontecendo na Bacia do Juruá, que vai produzir muito mais gás, mas tem uma reserva estimada de dois milhões de metros cúbicos dia para Rondônia, que não saiu o gasoduto por razões ambientais.
(Repórter) E a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, lembrou o caso da cerâmica de Santa Catarina para exemplificar esse prejuízo:
(Ana Amélia) O Brasil está gradativamente perdendo competitividade. E não é possível para setores estratégicos, como a indústria cerâmica, que especialmente no sul do Brasil, que dependeu do gás natural que vinha do Mato Grosso, via Bolívia, e que depois das mudanças que a Bolívia impôs à esse gás natural gerou um problema muito grave. Já estamos importando da China os porcelanatos como parte desse processo lamentável da substituição da produção interna pela importação.
(Repórter) A Agência Nacional de Petróleo, ANP, anunciou a intenção de leiloar terras para a produção de gás de xisto até o fim do ano. Mas cientistas alertam para os perigos dessa exploração, que, além de poluir o ar, traria sujeira para os lençóis freáticos. Também por isso, países como França e Holanda proibiram essa atividade.
LOC: PARA VALDIR RAUPP, O BRASIL PRECISA AUMENTAR A PRODUÇÃO DE GÁS PARA EVITAR A SAÍDA DE EMPRESAS. REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, reclamou da atuação brasileira na extração de gás, um dos principais insumos de indústrias como a de vidro e cerâmica. O senador lembrou que os Estados Unidos deixaram de importar e passaram a ser grandes exportadores do produto, graças à exploração do gás de xisto, que é extraído pela fragmentação desse tipo de rocha. Com isso, o preço do gás norte-americano caiu de nove para menos de dois dólares por milhão de BTUs. Enquanto isso, aqui o preço está entre 12 e 16 dólares. O resultado foi a suspensão de investimentos no Brasil e a transferência de unidades de produção para outros países. Valdir Raupp afirmou que, embora o Brasil seja dono de grandes jazidas, tem deixado de explorar para comprar o gás boliviano que custa cada vez mais caro. Ele pediu mais ousadia do governo:
(Valdir Raupp) O Brasil tem que investir alto, investir pesado em novas prospecções. Descobertas de jazidas, colocar nossas jazidas para funcionar. Nós temos hoje o gás lá no amazonas, hoje Manaus já tem gás canalizado lá da Bacia do Urucu. Novas descobertas estão acontecendo na Bacia do Juruá, que vai produzir muito mais gás, mas tem uma reserva estimada de dois milhões de metros cúbicos dia para Rondônia, que não saiu o gasoduto por razões ambientais.
(Repórter) E a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, lembrou o caso da cerâmica de Santa Catarina para exemplificar esse prejuízo:
(Ana Amélia) O Brasil está gradativamente perdendo competitividade. E não é possível para setores estratégicos, como a indústria cerâmica, que especialmente no sul do Brasil, que dependeu do gás natural que vinha do Mato Grosso, via Bolívia, e que depois das mudanças que a Bolívia impôs à esse gás natural gerou um problema muito grave. Já estamos importando da China os porcelanatos como parte desse processo lamentável da substituição da produção interna pela importação.
(Repórter) A Agência Nacional de Petróleo, ANP, anunciou a intenção de leiloar terras para a produção de gás de xisto até o fim do ano. Mas cientistas alertam para os perigos dessa exploração, que, além de poluir o ar, traria sujeira para os lençóis freáticos. Também por isso, países como França e Holanda proibiram essa atividade.
