Comissão debate sistema público e particular de saúde
LOC: DEFINIR CLARAMENTE OS PAPÉIS DO SISTEMA PÚBLICO E DO PARTICULAR NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE.
LOC: FOI O QUE DEFENDERAM OS PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO TEMPORÁRIA CRIADA PARA PROPOR SOLUÇÕES PARA O FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
(Repórter) Os planos de saúde movimentaram 95 bilhões de reais em 2012. A cifra foi apresentada pelo presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, André Longo. Mas, segundo ele, apesar desse montante, as pequenas e médias operadoras passam por dificuldades:
(André Longo) É preocupante a situação do conjunto das operadoras de pequeno porte na medida em que hoje gera prejuízo no resultado final, anula. É lógico que, dada a grande heterogeneidade do setor, há operadoras que realizam lucros.
(Repórter) São cerca de 60 mil operadoras registradas na ANS. E mesmo com o crescimento do mercado privado, o governo tem aumentado os investimentos em saúde pública, como afirmou o ex-assessor especial do Ministério da Saúde, Fausto Pereira dos Santos:
(Fausto Pereira dos Santos) Em 15 anos nós quadruplicamos o gasto per capta público em saúde no Brasil. Então não significa que o Brasil não está fazendo um aporte de novos recursos na área da saúde.
(Repórter) O problema é que os beneficiários adquirem planos com coberturas limitadas e acabam recorrendo ao Sistema Único de Saúde. Outro agravante, segundo o representante da Federação Nacional de Saúde Suplementar, Sandro Alves, é que o número de idosos no Brasil deve dobrar nos próximos 20 anos. E são eles os que mais usam os serviços hospitalares:
(Sandre Alves) É um benefício que a sociedade adquiriu ao longo dos tempos, mas que merece aí considerações dado o tema de financiamento e sustentabilidade que está sendo discutido aqui.
(Repórter) O relator da comissão, senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, disse que é preciso definir de forma clara as competências do setor público e do setor privado na assistência à saúde, para que eles atuem de forma conjunta, e não como concorrentes:
(Humberto Costa) “Se nós tivéssemos como construir de fato uma complementaridade e de dizer o seguinte, grandes emergências, não é da vocação do setor complementar ter grandes hospitais de emergência, e na prática quem faz é o público. Em compensação, nós poderíamos ter na parte do setor privado a garantia de acesso dos usuários do SUS para uma série de serviços onde nós temos dificuldades hoje.
(Repórter) Os palestrantes foram unânimes ao defender políticas de prevenção a doenças tanto por parte do setor público quanto dos planos de saúde. Seria uma forma de evitar gastos futuros com tratamentos caros e prolongados.
LOC: FOI O QUE DEFENDERAM OS PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO TEMPORÁRIA CRIADA PARA PROPOR SOLUÇÕES PARA O FINANCIAMENTO DA SAÚDE NO BRASIL. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
(Repórter) Os planos de saúde movimentaram 95 bilhões de reais em 2012. A cifra foi apresentada pelo presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, André Longo. Mas, segundo ele, apesar desse montante, as pequenas e médias operadoras passam por dificuldades:
(André Longo) É preocupante a situação do conjunto das operadoras de pequeno porte na medida em que hoje gera prejuízo no resultado final, anula. É lógico que, dada a grande heterogeneidade do setor, há operadoras que realizam lucros.
(Repórter) São cerca de 60 mil operadoras registradas na ANS. E mesmo com o crescimento do mercado privado, o governo tem aumentado os investimentos em saúde pública, como afirmou o ex-assessor especial do Ministério da Saúde, Fausto Pereira dos Santos:
(Fausto Pereira dos Santos) Em 15 anos nós quadruplicamos o gasto per capta público em saúde no Brasil. Então não significa que o Brasil não está fazendo um aporte de novos recursos na área da saúde.
(Repórter) O problema é que os beneficiários adquirem planos com coberturas limitadas e acabam recorrendo ao Sistema Único de Saúde. Outro agravante, segundo o representante da Federação Nacional de Saúde Suplementar, Sandro Alves, é que o número de idosos no Brasil deve dobrar nos próximos 20 anos. E são eles os que mais usam os serviços hospitalares:
(Sandre Alves) É um benefício que a sociedade adquiriu ao longo dos tempos, mas que merece aí considerações dado o tema de financiamento e sustentabilidade que está sendo discutido aqui.
(Repórter) O relator da comissão, senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, disse que é preciso definir de forma clara as competências do setor público e do setor privado na assistência à saúde, para que eles atuem de forma conjunta, e não como concorrentes:
(Humberto Costa) “Se nós tivéssemos como construir de fato uma complementaridade e de dizer o seguinte, grandes emergências, não é da vocação do setor complementar ter grandes hospitais de emergência, e na prática quem faz é o público. Em compensação, nós poderíamos ter na parte do setor privado a garantia de acesso dos usuários do SUS para uma série de serviços onde nós temos dificuldades hoje.
(Repórter) Os palestrantes foram unânimes ao defender políticas de prevenção a doenças tanto por parte do setor público quanto dos planos de saúde. Seria uma forma de evitar gastos futuros com tratamentos caros e prolongados.