Celso Amorim quer que Brasil invista pelo menos 2% do PIB em defesa — Rádio Senado

Celso Amorim quer que Brasil invista pelo menos 2% do PIB em defesa

LOC: O MINISTRO DA DEFESA, CELSO AMORIM, QUER QUE O BRASIL INVISTA PELO MENOS 2% DO PIB NO SETOR. LOC: A POSIÇÃO FOI DEFENDIDA DURANTE REUNIÃO DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, E CONTOU COM O APOIO DOS SENADORES. REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA. 

TÉC: A Comissão de Relações Exteriores recebeu o Ministro da Defesa, Celso Amorim. O Ministro lembrou que o Orçamento brasileiro para este setor tem crescido desde 2005, porém no seu entender ainda não é ideal. Hoje o Brasil investe próximo de 17 bilhões de reais por ano na área, cerca de 1,5% do PIB, bem abaixo portanto da média de parceiros dos "BRICS", por exemplo, como a Índia e a China, que chegam a investir 2,5% do PIB neste setor. Por isso Amorim defende que uma meta factível seria chegar a pelo menos 2%, e explicou por que. 

(CELSO AMORIM): Se nós em 10 anos chegássemos a 2% do PIB, seria algo razoável. O Brasil não está livre a que até o problema de escassez de recursos e outros problemas venham a nos atingir de alguma forma. Venha fazer com que outros países se interessem pelo nosso patrimônio. Há estudos tanto dos Estados Unidos quanto da Rússia sobre a possibilidade de escassez de recursos no que diz respeito à energia, à água e à produção de alimentos. Três áreas em que o Brasil tem uma grande capacidade. 

(REPÓRTER): A posição do ministro recebeu apoio na Comissão. A senadora Ana Amélia do PP do Rio Grande do Sul lembrou a importância geral que o investimento no setor de defesa tem. 

(ANA AMELIA): Isto é muito sério, o Brasil precisa realmente. A área militar, a área de defesa, melhor falando indefesa, é uma área que no mundo inteiro a indústria de defesa ela foi digamos a base de todo o desenvolvimento em tecnologia, em inovação, em toda a área de pesquisa e desenvolvimento. Então eu penso que isto é uma questão estratégica. 

(REPÓRTER): O senador Jayme Campos, do Democratas de Mato Grosso, também percebe a necessidade de investimentos mais consistentes. 

(JAYME CAMPOS): O Brasil investe muito pouco, por outro lado o que é o mais grave é que contingencia praticamente os Orçamentos de vários ministérios, dentre eles das Forças Armadas. Tem alguns determinados setores das Forças Armadas, 70% tava contingenciado. Sobretudo na questão das nossas aeronaves, chegava ao cúmulo do absurdo de uma frota de às vezes 30 aeronaves, tava em operação apenas 6, 24 estavam na tipóia, não tinham condição de vôo. 

(REPÓRTER): O ministro Celso Amorim comemorou a recente decisão da presidente Dilma Roussef de investir num sistema de defesa baseado em satélites de tecnologia própria.
09/05/2013, 01h21 - ATUALIZADO EM 09/05/2013, 01h21
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