Sancionado projeto que obriga SUS a realizar cirurgia reparadora — Rádio Senado

Sancionado projeto que obriga SUS a realizar cirurgia reparadora

LOC: PROJETO APROVADO PELO SENADO QUE OBRIGA O SUS A REALIZAR CIRURGIA PLÁSTICA REPARADORA EM MULHERES QUE RETIRARAM A MAMA DEVIDO A CÂNCER FOI SANCIONADO NESTA QUINTA-FEIRA PELA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
 
LOC: O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE JÁ ERA OBRIGADO A FAZER A CIRURGIA NOS CASOS DE MUTILAÇÃO DECORRENTE DE TRATAMENTO DE TUMORES, MAS NÃO NO MESMO PROCEDIMENTO. A REPORTAGEM É DE VLADIMIR SPINOZA. 

(Repórter) A cirurgia plástica reparadora dos seios após a retirada do câncer de mama deverá ser feita imediatamente, no mesmo momento da operação para eliminar os tumores. O procedimento deverá ser feito levando-se em conta as condições clínicas da paciente. Se a mulher não estiver apta a passar pela cirurgia reparadora logo após a retirada do tumor cancerígeno, deverá então aguardar a cirurgia plástica assim que suas condições clínicas permitirem. A senadora Angela Portela, do PT de Roraima, comemorou a sanção do projeto. Ela disse que existem muitas mulheres aguardando a reconstituição da mama há mais de cinco anos.
 
(Angela Portela) Nós temos mais de 20 mil mulheres esperando no Sistema Único de Saúde para que seja feita a reconstrução de suas mamas. O problema atinge especialmente as mulheres mais pobres, aquelas mulheres que precisam do sistema público de saúde.

(Repórter) A demora para se fazer a cirurgia de reconstrução tem causado doenças depressivas em um número expressivo de pacientes. O câncer de mama é o que mais atinge as mulheres no país e, por conta disso, a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, alerta que elas devem realizar periodicamente os exames preventivos.
 
(Ana Amélia) Quanto maior e mais rápida for a atenção preventiva, melhores serão as condições para combater a doença que é muito grave. Existem ainda alguns preconceitos e algumas mulheres têm receio, aquela coisa do medo, e isso é fatal, o medo de fazer um exame e ter um diagnóstico positivo leva a um risco maior para as mulheres. 

(Repórter) O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Rodrigo Pepe, disse que muitas dificuldades ainda precisam ser superadas para que ela funcione no dia-a-dia das pessoas.
 
(Rodrigo Pepe) Então, eu acho que a gente tem que mover esforços, eu acho que lei é válida acho que é um passo, a gente que fazer a nossa parte enquanto instituição, enquanto médicos, mas o governo, hospitais, os gestores desses hospitais, também tem que se movimentar pra que isso possa ser aplicado na prática.

(Repórter) Somente em 2012, cerca de 50 mil brasileiras desenvolveram câncer de mama, segundo dados do INCA, o Instituto Nacional do Câncer.
25/04/2013, 01h21 - ATUALIZADO EM 25/04/2013, 01h21
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