Representantes do governo e indústria defendem MP que prevê desonerações — Rádio Senado

Representantes do governo e indústria defendem MP que prevê desonerações

LOC: REPRESENTANTES DO GOVERNO FEDERAL E DA INDÚSTRIA DEFENDERAM NESTA QUARTA-FEIRA A APROVAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA 601. 

LOC: A EMEPÊ DETERMINA QUE O GOVERNO ESTENDA OS BENEFÍCIOS FISCAIS DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO AOS SETORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL, DO COMÉRCIO VAREJISTA E DE SERVIÇOS NAVAIS. A REPORTAGEM É DE MAURÍCIO DE SANTI: 

(Repórter) A medida inclui quatro setores aos 42 já beneficiados com a desoneração da folha de pagamento. As empresas abrangidas pela emepê vão poder substituir a contribuição previdenciária patronal de 20 por cento sobre os salários dos empregados por alíquotas de um a dois por cento sobre a receita bruta. Na audiência pública desta quarta-feira, a medida foi defendida pelo Secretario Executivo Adjunto do Ministério da Fazenda, Diogo de Oliveira: 

(Diogo Henrique de Oliveira) O que o governo compreende é que essa é uma medida importante em termos de competitividade, principalmente para a indústria, que sofre mais com a competição de produtos importados. 

(Repórter) A secretária de desenvolvimento da produção, do Ministério da Indústria, Heloísa Menezes, justificou porque a desoneração da folha de pagamento está sendo feita de forma gradual: 

(Heloísa Menezes) O governo não está incluindo setores sem conversar com os representantes do setor privado. E as medidas só estão sendo trazidas às emepês na medida em que haja um consenso forte dentro do setor empresarial. 

(Repórter) Representante da Confederação Nacional da Indústria, Flávio Castelo Branco afirmou que os incentivos para a indústria são urgentes: 

(Flávio Castelo Branco) A participação da indústria no PIB diminuiu consideravelmente nos últimos anos, aí a indústria toda. Nós estamos hoje com os mesmos patamares próximos dos anos 50. ou seja, nossa indústria é relativamente pequena para o tamanho da economia brasileira. Isso é um fato. 

(Repórter) Já o relator da medida provisória, senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, acredita que os benefícios fiscais deveriam abranger todo o setor produtivo, mas explicou que não há como fazer isso: 

(Armando Monteiro) Nós recebemos as demandas que são legítimas, reconhecemos que há limitações do ponto de vista do espaço. Vamos atuar dentro desses limites e procurar evidentemente construir de forma responsável o relatório. 

(Repórter) A medida provisória deve ser analisada pelo Congresso Nacional até o dia 03 de junho.
20/03/2013, 06h08 - ATUALIZADO EM 20/03/2013, 06h08
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