Senadores divergem sobre reconhecimento de diplomas de medicina
LOC: SENADORES DIVERGEM SOBRE RECONHECIMENTO DE DIPLOMAS DE MÉDICOS FORMADOS NO EXTERIOR.
LOC: A MEDIDA, QUE PODERIA AUMENTAR NÚMERO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO INTERIOR, TAMBÉM ESTÁ EM ESTUDO NO GOVERNO. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Em recente encontro com prefeitos de todo o Brasil, a presidente Dilma Rousseff anunciou medidas para reforçar a área da saúde no interior. Os prefeitos reclamam que faltam médicos nas pequenas cidades e chegaram a pedir à presidente que viabilize o exercício da medicina para os profissionais formados no exterior. Os brasileiros formados em Cuba também já assinaram documento em que se colocam à disposição para fazer estágio supervisionado no Sistema Único de Saúde, atendendo em pequenas cidades brasileiras, como forma de validar o diploma. Tudo porque, para exercer a medicina no país, o médico formado lá fora precisa passar por uma prova, o Revalida, que, em dois anos, só aprovou 10% dos candidatos. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, é autora de projeto que facilita a revalidação desses diplomas. Ela conta que a prova do Revalida foi aplicada para alunos de universidades brasileiras, e o resultado foi semelhante. Vanessa Grazziotin critica a radicalização nesse tema e explica o objetivo de seu projeto:
(Vanessa Grazziotin) É reconhecer, de uma forma mais simplificada e de acordo com critérios do Ministério da Saúde. Veja bem, o Ministério não é irresponsável para trazer profissional que vai matar gente. Então, a reação tem sido muito drástica. Nós não podemos ficar com essas duas posições radicais, isso não ajuda.
(Repórter) Mas o relator do projeto não concorda com mudanças no Revalida. Para o senador e médico Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, o problema não é a falta de profissionais, mas a má distribuição, já que 70 por cento dos 370 mil médicos brasileiros trabalham nos estados do centro sul:
(Paulo Davim) Nenhum país do mundo aceita profissional médico sem fazer a revalidação. Eu acho que isso é até uma questão de soberania nacional. Na hora em que a gente não se preocupa com a revalidação do diploma médico, significa dizer que toda e qualquer faculdade fora do Brasil é tão boa ou melhor que a nossa. E não é assim.
(Repórter) O projeto de Vanessa Grazziotin está na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Mas a senadora revela que, em conversas com a presidente Dilma Rousseff, soube que o governo prepara, ele mesmo, mudanças no sistema de revalidação do diploma. A medida incluiria a ideia do estágio nas localidades menos assistidas como forma de avaliação dos médicos formados no exterior.
LOC: A MEDIDA, QUE PODERIA AUMENTAR NÚMERO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO INTERIOR, TAMBÉM ESTÁ EM ESTUDO NO GOVERNO. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Em recente encontro com prefeitos de todo o Brasil, a presidente Dilma Rousseff anunciou medidas para reforçar a área da saúde no interior. Os prefeitos reclamam que faltam médicos nas pequenas cidades e chegaram a pedir à presidente que viabilize o exercício da medicina para os profissionais formados no exterior. Os brasileiros formados em Cuba também já assinaram documento em que se colocam à disposição para fazer estágio supervisionado no Sistema Único de Saúde, atendendo em pequenas cidades brasileiras, como forma de validar o diploma. Tudo porque, para exercer a medicina no país, o médico formado lá fora precisa passar por uma prova, o Revalida, que, em dois anos, só aprovou 10% dos candidatos. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, é autora de projeto que facilita a revalidação desses diplomas. Ela conta que a prova do Revalida foi aplicada para alunos de universidades brasileiras, e o resultado foi semelhante. Vanessa Grazziotin critica a radicalização nesse tema e explica o objetivo de seu projeto:
(Vanessa Grazziotin) É reconhecer, de uma forma mais simplificada e de acordo com critérios do Ministério da Saúde. Veja bem, o Ministério não é irresponsável para trazer profissional que vai matar gente. Então, a reação tem sido muito drástica. Nós não podemos ficar com essas duas posições radicais, isso não ajuda.
(Repórter) Mas o relator do projeto não concorda com mudanças no Revalida. Para o senador e médico Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, o problema não é a falta de profissionais, mas a má distribuição, já que 70 por cento dos 370 mil médicos brasileiros trabalham nos estados do centro sul:
(Paulo Davim) Nenhum país do mundo aceita profissional médico sem fazer a revalidação. Eu acho que isso é até uma questão de soberania nacional. Na hora em que a gente não se preocupa com a revalidação do diploma médico, significa dizer que toda e qualquer faculdade fora do Brasil é tão boa ou melhor que a nossa. E não é assim.
(Repórter) O projeto de Vanessa Grazziotin está na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Mas a senadora revela que, em conversas com a presidente Dilma Rousseff, soube que o governo prepara, ele mesmo, mudanças no sistema de revalidação do diploma. A medida incluiria a ideia do estágio nas localidades menos assistidas como forma de avaliação dos médicos formados no exterior.
