Bancada de MS quer mais recursos para resolver questão indígena — Rádio Senado

Bancada de MS quer mais recursos para resolver questão indígena

LOC: BANCADA DE MATO GROSSO DO SUL VAI ATUAR UNIDA POR MAIS RECURSOS NO ORÇAMENTO PARA RESOLVER PROBLEMA ENTRE ÍNDIOS E FAZENDEIROS NO ESTADO. 

LOC: DEPOIS DE TOMAR POSSE NESTA QUARTA-FEIRA, O SENADOR RUBEN FIGUEIRÓ CONFIRMOU QUE APÓIA A SOLUÇÃO DEFENDIDA PELOS COLEGAS. REPÓRTER NILO BAIRROS: 

TÉC: A proposta nasceu no ano passado, em reuniões da bancada de Mato Grosso do Sul com representantes do governo do estado, das etnias e dos fazendeiros: buscar recursos no Orçamento da União para corrigir um problema histórico, que é a ocupação de terras indígenas por agricultores que compraram as glebas do Poder Público na época da expansão das fronteiras agrícolas, a partir da década de 1950. A ideia é que a União recompre essas propriedades para acomodar cerca de 45 mil guaranis kaiowás, terenas e outras etnias e acabar com o conflito na região. Os senadores Delcídio do Amaral, do PT, e Waldemir Moka, do PMDB, já vêm trabalhando para garantir esses recursos no Orçamento. E o mais novo senador do estado, Ruben Figueiró, do PSDB, afirmou que apoia essa proposta.

(Ruben Figueiró) Tem a minha integral solidariedade, porque vai resolver. O estado, a União, sobretudo, ela tem obrigação de repar um erro que cometeu. Ela tem que assumir esse compromisso de comprar as terras, não desapropriar, comprar, por um preço justo, compensador daquele que, durante muitos e muitos anos, laborou aquelas terras, produziu e deu riqueza, sobretudo, a esse país. 

(REPÓRTER) O projeto de Orçamento Geral da União, que deve ser votado em fevereiro pelo Congresso, reserva 52 milhões de reais para essa finalidade, o que, segundo cálculo do senador Waldemir Moka, representa 13% do necessário para a compra das terras. A Funai, Fundação Nacional do Índio, publicou no início deste mês um relatório sobre as áreas dos guarani kaiowás no Mato Grosso do Sul. O documento é a primeira parte do trabalho que pode ser concluído com a desapropriação ou compra da área, que, de acordo com o órgão, mede 41 mil e 500 hectares e atinge 46 fazendas.
31/01/2013, 04h26 - ATUALIZADO EM 31/01/2013, 04h26
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