Entidades ligadas à Educação pedem aumento do percentual do PIB
LOC: ENTIDADES LIGADAS À EDUCAÇÃO PEDEM APROVAÇÃO DA LEI QUE PREVÊ 10 POR CENTO DO PIB PARA O SETOR.
LOC: O PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO FOI TEMA DE DEBATE NESTA QUINTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DAS COMISSÕES DE EDUCAÇÃO E DE ASSUNTOS ECONÔMICOS. O REPÓRTER NILO BAIRROS TEM OS DETALHES:
(Réporter) O projeto do Executivo que cria o Plano Nacional de Educação está em análise no Senado, depois de aprovado com mudanças na Câmara. A principal alteração foi o aumento do percentual do PIB, de sete para 10%, que o governo terá que investir na educação pública. Atualmente, esse investimento é de cinco por cento do produto interno bruto. O governo alega que não há fontes de recursos indicadas para suprir o aumento de gastos aprovado na Câmara. Mas as entidades ligadas ao setor estão mobilizadas para manter as mudanças no texto. O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, comentou pesquisa da OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. De acordo com o órgão, que é ligado à ONU, para atingir uma educação básica de qualidade é preciso investir 35 mil dólares anuais por aluno entre 6 e 15 anos de idade. O Brasil gasta apenas metade disso, o que, segundo Daniel Cara, pode ser consertado com o novo PNE.
(Daniel Cara) O Brasil, se tiver 10% do PIB, ele praticamente dobra esses números aqui, o que significa que o Brasil, mesmo aplicando 10% do PIB, dobrando o esforço atual, a gente ainda vai estar aquém da média da OCDE, que são médias crescentes. A cada estudo da OCDE o investimento dos países mais desenvolvidos em educação sobe, enquanto o investimento do Brasil em educação sobe, mas sobre lentamente.
(Réporter) O senador José Pimentel, do PT do Ceará, que presidiu a audiência, admite que o maior problema é definir fontes para financiar mais recursos na Educação. Ele lamentou a derrota da emenda que destinaria recursos do petróleo para o setor e encorajou as entidades a se manterem mobilizadas.
(José Pimentel) Meta é importante, mas para atingir as metas é preciso ter os meios. Não se iludam, para vincular os royalties do petróleo vai dar muito trabalho. Se fosse hoje nós iríamos perder no Senado, como perdemos na Câmara há poucos dias. Por isso essa mobilização que as entidades estão fazendo precisa ser crescente.
(Réporter) O Plano, que deve vigorar até 2020, é um conjunto de diretrizes a serem seguidas pelo país para atingir metas de avanço na educação pública, entre elas a matrícula garantida para toda criança entre 4 a 17 anos e o aperfeiçoamento dos professores.
LOC: O PLANO NACIONAL DA EDUCAÇÃO FOI TEMA DE DEBATE NESTA QUINTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DAS COMISSÕES DE EDUCAÇÃO E DE ASSUNTOS ECONÔMICOS. O REPÓRTER NILO BAIRROS TEM OS DETALHES:
(Réporter) O projeto do Executivo que cria o Plano Nacional de Educação está em análise no Senado, depois de aprovado com mudanças na Câmara. A principal alteração foi o aumento do percentual do PIB, de sete para 10%, que o governo terá que investir na educação pública. Atualmente, esse investimento é de cinco por cento do produto interno bruto. O governo alega que não há fontes de recursos indicadas para suprir o aumento de gastos aprovado na Câmara. Mas as entidades ligadas ao setor estão mobilizadas para manter as mudanças no texto. O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, comentou pesquisa da OCDE, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. De acordo com o órgão, que é ligado à ONU, para atingir uma educação básica de qualidade é preciso investir 35 mil dólares anuais por aluno entre 6 e 15 anos de idade. O Brasil gasta apenas metade disso, o que, segundo Daniel Cara, pode ser consertado com o novo PNE.
(Daniel Cara) O Brasil, se tiver 10% do PIB, ele praticamente dobra esses números aqui, o que significa que o Brasil, mesmo aplicando 10% do PIB, dobrando o esforço atual, a gente ainda vai estar aquém da média da OCDE, que são médias crescentes. A cada estudo da OCDE o investimento dos países mais desenvolvidos em educação sobe, enquanto o investimento do Brasil em educação sobe, mas sobre lentamente.
(Réporter) O senador José Pimentel, do PT do Ceará, que presidiu a audiência, admite que o maior problema é definir fontes para financiar mais recursos na Educação. Ele lamentou a derrota da emenda que destinaria recursos do petróleo para o setor e encorajou as entidades a se manterem mobilizadas.
(José Pimentel) Meta é importante, mas para atingir as metas é preciso ter os meios. Não se iludam, para vincular os royalties do petróleo vai dar muito trabalho. Se fosse hoje nós iríamos perder no Senado, como perdemos na Câmara há poucos dias. Por isso essa mobilização que as entidades estão fazendo precisa ser crescente.
(Réporter) O Plano, que deve vigorar até 2020, é um conjunto de diretrizes a serem seguidas pelo país para atingir metas de avanço na educação pública, entre elas a matrícula garantida para toda criança entre 4 a 17 anos e o aperfeiçoamento dos professores.
