Delegada alerta que toda a sociedade deve combater a violência contra a mulher — Rádio Senado

Delegada alerta que toda a sociedade deve combater a violência contra a mulher

LOC: É FUNÇÃO DE TODA A SOCIEDADE COMBATER A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.

LOC: O ALERTA É DA DELEGADA-CHEFE ANA CRISTINA MELO SANTIAGO, QUE PARTICIPOU NESTA SEGUNDA-FEIRA, NO SENADO, DE UM DEBATE SOBRE ESSE TIPO DE VIOLÊNCIA. REPÓRTER LARISSA BORTONI. 

(Repórter) Não é raro que a mulher procure a polícia para denunciar ser vítima de violência doméstica quando já é espancada há muitos anos. A delegada-chefe da Delegacia Especial no Atendimento à Mulher, Ana Cristina Melo Santiago, contou que há casos em que elas só reúnem coragem para apresentar a queixa quando apanham por mais de quinze anos. Além disso, segundo a delegada, essas mesmas mulheres provavelmente já sofreram outros tipos de violência, uma vez que as agressões não começam com a violência corporal. Essas características, como explicou Ana Cristina Santiago, fazem com que o combate à violência contra a mulher não seja apenas da responsabilidade dela própria, mas de toda a sociedade.
 
(Ana Cristina Santiago) A repressão, a prevenção à violência doméstica não é um dever tão somente do Estado. É um dever de toda a sociedade. Então, ela é um dever meu, enquanto cidadã, dever dos senhores e das senhoras também. A gente participar desta questão. E a gente vai participar como? Primeiro a gente sendo multiplicadores dessas informações e segundo nós temos o mecanismo de denúncias mesmo, inclusive denúncias anônimas.
 
(Repórter) O chefe da Subsecretaria Especializada em Violência e Família do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Sérgio Alberto Bitencourt Maciel, acrescentou que essa violência não deixa apenas marcas físicas, que são as visíveis, mas vai muito além.
 
(Sérgio Bitencourt) Sintomas psicológicos, o que a gente vai perceber: negação, dissociação, recolhimento, depressão, baixa auto-estima, desesperança, e entorpecimento.
 
(Repórter) A mesa redonda "O combate à violência doméstica e a rede de proteção estatal" foi promovida pelo Programa Pró Equidade de Gênero e Raça do Senado, que é ligado à Secretaria de Recursos Humanos.
26/11/2012, 04h00 - ATUALIZADO EM 26/11/2012, 04h00
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