CPI adia leitura do relatório final do deputado Odair Cunha
LOC: POR PRESSÃO DE DIVERSOS PARTIDOS, A CPI MISTA DO CACHOEIRA ADIA LEITURA DO RELATÓRIO FINAL DO DEPUTADO ODAIR CUNHA PARA ESTA QUINTA-FEIRA.
LOC: UM GRUPO DE PARLAMENTARES VAI RECORRER AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PARA RECUPERAR MAIS DE 400 MILHÕES DE REAIS MOVIMENTADOS PELO ESQUEMA. A REPORTAGEM É DE HERICA CHRISTIAN.
(Repórter) O relatório final da CPI Mista do Cachoeira tem mais de 5 mil páginas, resultado de quase sete meses de investigações do esquema do contraventor Carlos Ramos, que envolveu políticos e empresários. O deputado Odair Cunha, do PT mineiro, pediu o indiciamento de 46 pessoas. Entre elas estão Cachoeira; o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish; o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB; o prefeito de Palmas, Raul Filho do PT, e o ex-senador Demóstenes Torres. Ele também quer que o Conselho Nacional do Ministério Público apure a conduta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusado de segurar as investigações. O relator sugeriu ainda a apuração de mais de cem empresas envolvidas no esquema. Apesar de o relatório não ter sido apresentado oficialmente, o senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, avaliou que a CPI não investigou o que deveria.
(Alvaro Dias) A CPI não cumpriu com seu dever. Pode-se afirmar que terminou em pizza porque o que está revelando já foi revelado anteriormente pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. O que deixou de revelar é o mais grave. É um monumental desvio de recursos públicos.
(Repórter) Em resposta às críticas de que concentrou as investigações na região Centro-Oeste, Odair Cunha afirmou que o relatório está baseado no trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público.
(Odair Cunha) Nosso relatório é um relatório contundente. Quem acusa o relatório de ser uma farsa ou uma pizza é porque não leu o relatório. Todos os aspectos submetidos à nossa análise foram incluídos no nosso relatório.
(Repórter) O senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, cobrou o fato de a investigação não identificar o destino de mais de R$ 400 milhões de recursos públicos que movimentaram o esquema.
(Pedro Taques) O que nos resta investigar são os valores depositados pelo Tesouro Nacional via DNIT na Delta. Da Delta, os valores foram para pessoas jurídicas fantasmas. Nós queremos saber para onde o dinheiro foi. É isso que interessa. Foi para campanha política? Queremos saber isso.
(Repórter) O senador Jorge Viana, do PT do Acre, reiterou que as 5 mil páginas do relatório serão encaminhadas para o Ministério Público.
(Jorge Viana) É um relatório isento que vai de A a Z, não exclui ninguém e não cai na armadilha do jogo da disputa política. E CPI é para isso, é para identificar indícios e encaminhar para o Ministério Público. Ministério Público vai fazer a apuração e ver se isso merece ser transformado em denúncia.
(Repórter) A leitura do resumo das 5 mil páginas do relatório será feita nesta quinta-feira. A partir daí, será concedido o prazo de até cinco dias úteis para a votação do relatório.
LOC: UM GRUPO DE PARLAMENTARES VAI RECORRER AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PARA RECUPERAR MAIS DE 400 MILHÕES DE REAIS MOVIMENTADOS PELO ESQUEMA. A REPORTAGEM É DE HERICA CHRISTIAN.
(Repórter) O relatório final da CPI Mista do Cachoeira tem mais de 5 mil páginas, resultado de quase sete meses de investigações do esquema do contraventor Carlos Ramos, que envolveu políticos e empresários. O deputado Odair Cunha, do PT mineiro, pediu o indiciamento de 46 pessoas. Entre elas estão Cachoeira; o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish; o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB; o prefeito de Palmas, Raul Filho do PT, e o ex-senador Demóstenes Torres. Ele também quer que o Conselho Nacional do Ministério Público apure a conduta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusado de segurar as investigações. O relator sugeriu ainda a apuração de mais de cem empresas envolvidas no esquema. Apesar de o relatório não ter sido apresentado oficialmente, o senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, avaliou que a CPI não investigou o que deveria.
(Alvaro Dias) A CPI não cumpriu com seu dever. Pode-se afirmar que terminou em pizza porque o que está revelando já foi revelado anteriormente pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. O que deixou de revelar é o mais grave. É um monumental desvio de recursos públicos.
(Repórter) Em resposta às críticas de que concentrou as investigações na região Centro-Oeste, Odair Cunha afirmou que o relatório está baseado no trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público.
(Odair Cunha) Nosso relatório é um relatório contundente. Quem acusa o relatório de ser uma farsa ou uma pizza é porque não leu o relatório. Todos os aspectos submetidos à nossa análise foram incluídos no nosso relatório.
(Repórter) O senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, cobrou o fato de a investigação não identificar o destino de mais de R$ 400 milhões de recursos públicos que movimentaram o esquema.
(Pedro Taques) O que nos resta investigar são os valores depositados pelo Tesouro Nacional via DNIT na Delta. Da Delta, os valores foram para pessoas jurídicas fantasmas. Nós queremos saber para onde o dinheiro foi. É isso que interessa. Foi para campanha política? Queremos saber isso.
(Repórter) O senador Jorge Viana, do PT do Acre, reiterou que as 5 mil páginas do relatório serão encaminhadas para o Ministério Público.
(Jorge Viana) É um relatório isento que vai de A a Z, não exclui ninguém e não cai na armadilha do jogo da disputa política. E CPI é para isso, é para identificar indícios e encaminhar para o Ministério Público. Ministério Público vai fazer a apuração e ver se isso merece ser transformado em denúncia.
(Repórter) A leitura do resumo das 5 mil páginas do relatório será feita nesta quinta-feira. A partir daí, será concedido o prazo de até cinco dias úteis para a votação do relatório.
