Bancada de MS vai propor emenda para resolver conflito com índios
LOC: BANCADA DE MATO GROSSO DO SUL VAI PROPOR EMENDA ORÇAMENTÁRIA PARA RESOLVER CONFLITO COM ÍNDIOS GUARANI-KAIOWÁS (KAIOUÁS) NO ESTADO.
LOC: OBJETIVO DE SENADORES E DEPUTADOS É PRESSIONAR UNIÃO A DESAPROPRIAR E DEMARCAR TERRAS INDÍGENAS JÁ NO ANO QUE VEM. REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Uma reunião realizada esta semana na Assembléia Legislativa, em Campo Grande, selou uma estratégia da bancada estadual e federal, com o apoio dos fazendeiros e dos índios guarani-kaiowás. O objetivo é formular uma emenda ao Orçamento da União de 2013 para dar início às desapropriações e consequente demarcação de terras para uma população de 45 mil kaiowás, a segunda maior população indígena do país. O senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, é um dos que defendem que a União reserve dinheiro já para o orçamento de 2013. Moka vem conversando com vários colegas na Casa e obteve apoio à emenda que, segundo ele, seria apresentada por meio da Comissão de Constituição e Justiça, já que o caso envolve a FUNAI, a Fundação Nacional do Índio, ligada ao Ministério da Justiça.
(Waldemir Moka) Esses recursos serão colocados através de emenda de comissão e, se aprovadas no relatório setorial, depois encaminhada ao relator geral com quem eu já falei, o presidente Eunício da Comissão também. É o único caminho para resolver. Eles têm posse, são proprietários há 30, 40, 50 anos. Só tem um jeito de fazer aquilo: é indenizando.
(Repórter) O avanço de fazendeiros sobre áreas indígenas na região começou na década de 60, quando o governo permitiu a venda e a titulação das terras devolutas a fazendeiros. Nos últimos três anos, a etnia guarani-kaiowá sofreu três ataques de pistoleiros. Por isso, um contingente da força nacional de segurança foi enviado para lá no final de outubro, o que, segundo as lideranças indígenas, ajuda a manter a paz momentânea. Boa parte dos kaiowás está desde novembro de 2011 acampada em barracos de lona na beira das estradas próximas a Naviraí, no sul de Mato Grosso do Sul. Eles sobrevivem com alimentos enviados pela FUNAI. Outra parte dos kaiowás está em Dourados, numa área de confinamento que registra índice de homicídios quase 500 por cento maior que a média nacional. A etnia kaiowá também é abatida pelo suicídio. Nas proximidades de Dourados, acontecem 100 suicídios a cada grupo de 100 mil pessoas, enquanto a média nacional é de 5,7.
LOC: OBJETIVO DE SENADORES E DEPUTADOS É PRESSIONAR UNIÃO A DESAPROPRIAR E DEMARCAR TERRAS INDÍGENAS JÁ NO ANO QUE VEM. REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Uma reunião realizada esta semana na Assembléia Legislativa, em Campo Grande, selou uma estratégia da bancada estadual e federal, com o apoio dos fazendeiros e dos índios guarani-kaiowás. O objetivo é formular uma emenda ao Orçamento da União de 2013 para dar início às desapropriações e consequente demarcação de terras para uma população de 45 mil kaiowás, a segunda maior população indígena do país. O senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, é um dos que defendem que a União reserve dinheiro já para o orçamento de 2013. Moka vem conversando com vários colegas na Casa e obteve apoio à emenda que, segundo ele, seria apresentada por meio da Comissão de Constituição e Justiça, já que o caso envolve a FUNAI, a Fundação Nacional do Índio, ligada ao Ministério da Justiça.
(Waldemir Moka) Esses recursos serão colocados através de emenda de comissão e, se aprovadas no relatório setorial, depois encaminhada ao relator geral com quem eu já falei, o presidente Eunício da Comissão também. É o único caminho para resolver. Eles têm posse, são proprietários há 30, 40, 50 anos. Só tem um jeito de fazer aquilo: é indenizando.
(Repórter) O avanço de fazendeiros sobre áreas indígenas na região começou na década de 60, quando o governo permitiu a venda e a titulação das terras devolutas a fazendeiros. Nos últimos três anos, a etnia guarani-kaiowá sofreu três ataques de pistoleiros. Por isso, um contingente da força nacional de segurança foi enviado para lá no final de outubro, o que, segundo as lideranças indígenas, ajuda a manter a paz momentânea. Boa parte dos kaiowás está desde novembro de 2011 acampada em barracos de lona na beira das estradas próximas a Naviraí, no sul de Mato Grosso do Sul. Eles sobrevivem com alimentos enviados pela FUNAI. Outra parte dos kaiowás está em Dourados, numa área de confinamento que registra índice de homicídios quase 500 por cento maior que a média nacional. A etnia kaiowá também é abatida pelo suicídio. Nas proximidades de Dourados, acontecem 100 suicídios a cada grupo de 100 mil pessoas, enquanto a média nacional é de 5,7.