CE debate com especialistas utilização de 10% do PIB para a Educação — Rádio Senado

CE debate com especialistas utilização de 10% do PIB para a Educação

LOC: O BRASIL NÃO PRECISA GASTAR 10% DO PIB PARA TER UAM EDUCAÇÃO DE PRIMEIRO MUNDO. 

LOC: ESTA É A OPINIÃO DEFENDIDA POR ALGUNS ESPECIALISTAS QUE PARTICIPARAM DE DEBATE NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO NESTA SEXTA-FEIRA. CONFIRA NA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.  

TEC: A Câmara aprovou, e a pressão de movimentos sociais para que o Senado ratifique a destinação de 10% do PIB do país para a educação só vem crescendo. Por isso a Comissão de Educação vem discutindo exaustivamente o "Plano Nacional de Educação", e outras propostas que procuram melhorar o setor no país. Uma delas, do senador Cristovam Buarque do PDT do Distrito Federal, propõe como alternativa a criação do "Sistema Nacional de Conhecimento e Inovação", que seria na opinião dele mais amplo e com mecanismos mais consistentes. O objetivo é a integração da pesquisa universitária com o mercado, e também a transferência da gestão dos Ensinos Fundamental e Médio para o Governo Federal, entre outros objetivos como explica Cristovam. 

(CRISTOVAM BUARQUE): Se queremos dar o salto na educação, o caminho é melhorar o sistema atual ou criar um novo sistema que vá substituir o atual? Este é um ponto chave, o documento diz que não adianta melhorar o atual sistema, é preciso criar outro e aos poucos ir substituindo. 

(REP): Além destes pontos, o professor Joanílio Teixeira, da UNB, defende a criação de uma "Lei de Responsabilidade" na educação, em que o político perderia o cargo se as metas no setor não fossem atingidas. 

(JOANÍLIO TEIXEIRA): Uma definição clara de uma Lei de Responsabilidade Educacional, nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei da Ficha Limpa, de tal modo que possamos tornar inelegíveis políticos que não cumpram as metas propostas. 

(REP): Já o professor e pesquisador Waldery Rodrigues, do IPEA, e outros participantes questionam que seja fixada no Plano a meta de 10% do PIB, que é a soma das riquezas produzidas no país, para o setor. Afirmam que sem alterar profundamente o atual modelo de gestão, alguns dos problemas hoje existentes poderão até mesmo ser ainda mais distorcidos.
09/11/2012, 00h58 - ATUALIZADO EM 09/11/2012, 00h58
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