Comissão Mista analisa ações desenvolvidas para combater desmatamento
LOC: BRASIL TRABALHA PARA REDUZIR EM MAIS DE UM TERÇO A EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA ATÉ 2020.
LOC: A COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS SE REUNIU NESTA QUARTA-FEIRA PARA ANALISAR O QUE O GOVERNO TEM FEITO PARA ALCANÇAR ESSA META. REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Combater o desmatamento e a emissão de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, aumentar a produção agrícola. Esse é o grande desafio até 2050, quando, de acordo com a ONU, a Organização das Nações Unidas, será preciso produzir 50 por cento a mais de alimentos no Planeta. Na avaliação de representantes dos Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura e Pecuária e também da organização não governamental ambientalista WWF, o Brasil tem avançado nessa área. E a tarefa não é fácil, já que o país assumiu compromisso voluntário de reduzir a emissão de gases de efeito estufa em até 38,9 por cento até 2020. Ou seja, derrubar de 3,2 bilhões para 2 bilhões de toneladas de gás carbônico emitido no período. Cerca de 60% dessa emissão tem origem no uso da terra e das florestas. O coordenador do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Adriano de Oliveira, citou algumas ações desenvolvidas pelo Brasil para reverter esse quadro.
(Adriano de Oliveira) Poderia destacar a aprovação da lei de gestão de florestas, de 2006, a criação e implementação do serviço florestal brasileiro, a moratória da soja, a madeira legal, o aumento de produtividade agropecuária com pouco investimento tecnológico, onde é possível em área em que você tem uma cabeça de gado por hectare, conseguir colocar quatro com investimentos tecnológicos não muitos robustos.
(Repórter) Outra solução, segundo o coordenador de agrometeorologia do Ministério da Agricultura, Alaor Moacyr Júnior, está na Agricultura de Baixo Carbono, uma idéia brasileira que combina recuperação de áreas degradadas, integração entre agricultura e floresta, retenção maior de carbono e substituição de fertilizantes por nitrogênio. Uma das ferramentas utilizadas nesse sistema é o plantio direto, como explicou Alaor Júnior.
(Alaor Júnior) Um sistema em que além de garantir a conservação de água no solo, os restos da cultura anterior são usados para fortalecer o crescimento da nova cultura, além, inclusive, de melhorar a adubação e permitir que se combata a perda de terreno agricultável.
(Repórter) E o representante da ONG ambientalista WWF, Carlos Ritti, confirmou aos parlamentares que tem notado nos últimos anos um envolvimento maior do governo brasileiro em ações de combate ao aquecimento global. O reflexo disso, segundo ele, é a redução do desmatamento na Amazônia. O compromisso brasileiro é de reduzir 80% da área desmatada na região até 2020, com base na média de desmatamento entre 1996 e 2005. Já no Cerrado, a redução deve ser de 40%, com base na média de desmatamento entre 99 e 2008.
LOC: A COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS SE REUNIU NESTA QUARTA-FEIRA PARA ANALISAR O QUE O GOVERNO TEM FEITO PARA ALCANÇAR ESSA META. REPÓRTER NILO BAIRROS:
(Repórter) Combater o desmatamento e a emissão de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, aumentar a produção agrícola. Esse é o grande desafio até 2050, quando, de acordo com a ONU, a Organização das Nações Unidas, será preciso produzir 50 por cento a mais de alimentos no Planeta. Na avaliação de representantes dos Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura e Pecuária e também da organização não governamental ambientalista WWF, o Brasil tem avançado nessa área. E a tarefa não é fácil, já que o país assumiu compromisso voluntário de reduzir a emissão de gases de efeito estufa em até 38,9 por cento até 2020. Ou seja, derrubar de 3,2 bilhões para 2 bilhões de toneladas de gás carbônico emitido no período. Cerca de 60% dessa emissão tem origem no uso da terra e das florestas. O coordenador do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Adriano de Oliveira, citou algumas ações desenvolvidas pelo Brasil para reverter esse quadro.
(Adriano de Oliveira) Poderia destacar a aprovação da lei de gestão de florestas, de 2006, a criação e implementação do serviço florestal brasileiro, a moratória da soja, a madeira legal, o aumento de produtividade agropecuária com pouco investimento tecnológico, onde é possível em área em que você tem uma cabeça de gado por hectare, conseguir colocar quatro com investimentos tecnológicos não muitos robustos.
(Repórter) Outra solução, segundo o coordenador de agrometeorologia do Ministério da Agricultura, Alaor Moacyr Júnior, está na Agricultura de Baixo Carbono, uma idéia brasileira que combina recuperação de áreas degradadas, integração entre agricultura e floresta, retenção maior de carbono e substituição de fertilizantes por nitrogênio. Uma das ferramentas utilizadas nesse sistema é o plantio direto, como explicou Alaor Júnior.
(Alaor Júnior) Um sistema em que além de garantir a conservação de água no solo, os restos da cultura anterior são usados para fortalecer o crescimento da nova cultura, além, inclusive, de melhorar a adubação e permitir que se combata a perda de terreno agricultável.
(Repórter) E o representante da ONG ambientalista WWF, Carlos Ritti, confirmou aos parlamentares que tem notado nos últimos anos um envolvimento maior do governo brasileiro em ações de combate ao aquecimento global. O reflexo disso, segundo ele, é a redução do desmatamento na Amazônia. O compromisso brasileiro é de reduzir 80% da área desmatada na região até 2020, com base na média de desmatamento entre 1996 e 2005. Já no Cerrado, a redução deve ser de 40%, com base na média de desmatamento entre 99 e 2008.