Senado aprova imunização gratuita de meninas de 9 a 13 anos contra o HPV
LOC: O SENADO APROVOU A IMUNIZAÇÃO GRATUITA DE MENINAS DE NOVE A 13 ANOS CONTRA O H-P-V.
LOC: A VACINAÇÃO CONTRA O VÍRUS, QUE PODE PROVOCAR CÂNCER NO COLO DO ÚTERO, DEVE CUSTAR AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 600 MILHÕES DE REAIS NO PRIMEIRO ANO E DEPOIS, 150 MILHÕES POR ANO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: O HPV, papilomavírus humano, pode causar lesões de pele ou mucosa, em especial nas regiões genitais. Apesar de, na maioria dos casos, as feridas regredirem espontaneamente, os tipos mais agressivos do vírus podem provocar o surgimento de câncer no colo do útero. Daí a importância da imunização, que de acordo com a proposta inicial da senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, seria aplicada a mulheres de 9 a 40 anos. Mas a relatora, Marta Suplicy, do PT paulista, seguiu a recomendação da Organização Mundial de Saúde, que estabelece que a vacinação até os 13 anos é mais eficaz e representa maior economia para a saúde pública, porque acima dessa idade muitas já tiveram contato com o vírus e não podem mais ser imunizadas. Pelos cálculos do Ministério da Saúde, somente a implantação da vacina gratuita na faixa de 9 a 13 anos vai custar R$ 600 milhões no primeiro ano, e 150 milhões nos anos seguintes. Isso porque depois do primeiro ano, serão imunizadas apenas as meninas que completarem 9 anos. O senador Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, que é médico, falou sobre a polêmica de vacinar crianças contra um vírus que é comumente associado à vida sexual ativa.
(Paulo Davim) Não devemos nos assustar pela faixa etária que foi colocada, de 9 a 13 anos. A princípio, às vezes se assusta com a idade de 9 anos. Mas mesmo que essa criança não venha a ter uma vida sexual ativa ainda na infância, mas ela já está imunizada e posteriormente ela vai ser beneficiada por essa vacina. Do ponto de vista clínico, do ponto de vista de prevenção, essa faixa etária atende sobejamente aos objetivos da matéria. E a vacina não é barata. Então, imagine o custo para o sistema se colocarmos de 9 a 40 anos. Além da perda de eficácia.
(Repórter) O projeto, que foi aprovado de forma terminativa pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado e por isso segue diretamente para a Câmara dos Deputados, reforça ainda o cuidado com procedimentos de prevenção e combate ao câncer de colo de útero, como o exame Papanicolau, realizado prioritariamente em mulheres de 25 a 64 anos.
LOC: A VACINAÇÃO CONTRA O VÍRUS, QUE PODE PROVOCAR CÂNCER NO COLO DO ÚTERO, DEVE CUSTAR AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 600 MILHÕES DE REAIS NO PRIMEIRO ANO E DEPOIS, 150 MILHÕES POR ANO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
TÉC: O HPV, papilomavírus humano, pode causar lesões de pele ou mucosa, em especial nas regiões genitais. Apesar de, na maioria dos casos, as feridas regredirem espontaneamente, os tipos mais agressivos do vírus podem provocar o surgimento de câncer no colo do útero. Daí a importância da imunização, que de acordo com a proposta inicial da senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, seria aplicada a mulheres de 9 a 40 anos. Mas a relatora, Marta Suplicy, do PT paulista, seguiu a recomendação da Organização Mundial de Saúde, que estabelece que a vacinação até os 13 anos é mais eficaz e representa maior economia para a saúde pública, porque acima dessa idade muitas já tiveram contato com o vírus e não podem mais ser imunizadas. Pelos cálculos do Ministério da Saúde, somente a implantação da vacina gratuita na faixa de 9 a 13 anos vai custar R$ 600 milhões no primeiro ano, e 150 milhões nos anos seguintes. Isso porque depois do primeiro ano, serão imunizadas apenas as meninas que completarem 9 anos. O senador Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, que é médico, falou sobre a polêmica de vacinar crianças contra um vírus que é comumente associado à vida sexual ativa.
(Paulo Davim) Não devemos nos assustar pela faixa etária que foi colocada, de 9 a 13 anos. A princípio, às vezes se assusta com a idade de 9 anos. Mas mesmo que essa criança não venha a ter uma vida sexual ativa ainda na infância, mas ela já está imunizada e posteriormente ela vai ser beneficiada por essa vacina. Do ponto de vista clínico, do ponto de vista de prevenção, essa faixa etária atende sobejamente aos objetivos da matéria. E a vacina não é barata. Então, imagine o custo para o sistema se colocarmos de 9 a 40 anos. Além da perda de eficácia.
(Repórter) O projeto, que foi aprovado de forma terminativa pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado e por isso segue diretamente para a Câmara dos Deputados, reforça ainda o cuidado com procedimentos de prevenção e combate ao câncer de colo de útero, como o exame Papanicolau, realizado prioritariamente em mulheres de 25 a 64 anos.