Senadores divergem sobre nova representação criminal contra Agnelo — Rádio Senado

Senadores divergem sobre nova representação criminal contra Agnelo

LOC: AO ANALISAR A QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO DO GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, ENTREGUE À CPI DO CACHOEIRA, OPOSIÇÃO DECIDE ENTRAR COM UMA REPRESENTAÇÃO CRIMINAL CONTRA O PETISTA. 

LOC: ALIADOS DESTACAM QUE AGNELO QUEIROZ JÁ É ALVO DE INVESTIGAÇÃO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, O QUE DISPENSA A VOLTA DELE À CPI. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(REPÓRTER) A cópia da movimentação bancária do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, em posse da CPI Mista do Cachoeira revela que o petista fez três depósitos no valor de R$ 2,5 mil cada um na conta do policial militar João Dias Ferreira. As transferências foram feitas na época em que PM, dirigente de uma Organização Não-Governamental, ameaçava revelar um esquema de irregularidades em contratos do Ministério do Esporte com ONGs. As denúncias resultaram no pedido de demissão de Orlando Silva do Ministério do Esporte. Agnelo esclareceu que as transferências bancárias se referem à compra de um automóvel do policial militar, que acabou desfeita. Mas as explicações não convenceram o senador Alvaro Dias do PSDB do Paraná, que lembrou que ao questionar o governador sobre repasses de recursos para o policial, houve negativa. Alvaro Dias anunciou que o partido vai entrar com uma representação criminal contra Agnelo Queiroz.

(Alvaro Dias) O governador faltou com a verdade porque houve indagação sobre repasse de recursos para João Dias. Ele desqualificou o policial alegando que ele já respondia a processo na área militar. Há hipótese de compra de testemunha. Cabe uma representação criminal com base no Código Penal junto ao Ministério Público Federal.

(REPÓRTER) Mas para o senador Ciro Nogueira do PP do Piauí, não há motivo de reconvocação de Agnelo. Ele destacou que foi o governador que abriu mão dos sigilos bancário, fiscal e telefônico em depoimento à CPI. Ciro Nogueira defende que a Comissão aprofunde as investigações do esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira. já que Agnelo Queiroz já é alvo de processo no Ministério Público Federal.

(Ciro) Acho que a CPI já dispõe de fatos e instrumentos para fazer seu relatório final no que diz respeito ao governador do Distrito Federal. Isso aí não é nenhum fato novo que leve a reconvocação do governador. Existem outras instâncias, o Ministério Público, e acredito que a própria Polícia Federal esteja investigando isso. 

(REPÓRTER) A pedido do Ministério Público Federal, o Superior Tribunal de Justiça determinou que a Polícia Federal investigue a suposta ligação de Agnelo Queiroz com o contraventor Carlinhos Cachoeira. O mesmo procedimento já foi adotado em relação ao governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB.
24/08/2012, 01h03 - ATUALIZADO EM 24/08/2012, 01h03
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