Parlamentares tentam acordo para aprovação da Medida Provisória no prazo — Rádio Senado

Parlamentares tentam acordo para aprovação da Medida Provisória no prazo

LOC: SENADORES E DEPUTADOS VÃO TENTAR UM ACORDO QUE VIABILIZE A APROVAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA DO CÓDIGO FLORESTAL ANTES QUE A MATÉRIA PERCA A VALIDADE.

LOC: AS NEGOCIAÇÕES ENTRE AMBIENTALISTAS E RURALISTAS DEVEM RECOMEÇAR NA SEMANA QUE VEM, SEGUNDO O VICE-PRESIDENTE DA COMISSÃO, SENADOR JORGE VIANA. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA: 

(REPÓRTER): A medida provisória editada depois que a presidente Dilma Rousseff vetou trechos do Código Florestal aprovado pelo Congresso já teve a validade prorrogada duas vezes, e o texto vigora até o início de outubro. A matéria está sendo discutida por uma comissão de 15 senadores e 15 deputados e depois terá que passar pelos plenários da Câmara e do Senado. Sem acordo entre ambientalistas e ruralistas, a comissão suspendeu, na semana passada, a votação de mudanças no texto da MP. A próxima reunião está marcada para o dia 28, mas as negociações devem começar na próxima semana, segundo o vice-presidente da comissão, senador Jorge Viana, do PT do Acre. Ele espera uma mudança no posicionamento da Frente Parlamentar da Agropecuária, que conseguiu aprovar quatro emendas ao texto editado pelo governo. Se não houver acordo, alertou Jorge Viana, existe a possibilidade de a MP não ser aprovada a tempo e perder a validade. 

(JORGE VIANA) Diante do impasse criado, tudo é possível, não posso descartar nada. Agora, eu acredito que, se tiver bom senso por parte de alguns interlocutores ligados à atividade produtiva, a gente pode superar isso. Tem que ter uma atitude de reparar o erro, a grave e inaceitável mutilação ambiental, e o bom senso voltar a prevalecer. Dá para resolver, está fácil de resolver, desde que tenha bom senso.  

(REPÓRTER) Integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária, o senador Jayme Campos, do Democratas de Mato Grosso, também fala em bom senso, e não acredita que a MP perderá a validade. 

(JAYME CAMPOS) Não vejo essa possibilidade. Acho que nesse caso aqui tem que naturalmente sair desse cabo de força que há e certamente nós aprovaremos. Caso contrário, o próprio Congresso Nacional diante da opinião pública brasileira. Porque esse Código Florestal já foi discutido exaustivamente com todos os seguimentos da sociedade brasileira. Nós temos que ser inteligentes, ser, sobretudo, sensatos e buscar um ponto de equilíbrio que seja bom para ambas as partes. Essa é a minha opinião, e acho que isso vai prevalecer. 

(REPÓRTER) Uma das mudanças aprovadas pela comissão, e foco de polêmica entre os parlamentares, determina que as áreas de proteção permanente nas margens de rios só serão obrigatórias junto a cursos d’água naturais e perenes. Isso significa que os agricultores não precisarão preservar uma faixa de vegetação nas margens de córregos e rios que secam em alguns períodos do ano.
14/08/2012, 12h14 - ATUALIZADO EM 14/08/2012, 12h14
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