Impasse deixa votação da MP do Código Florestal para o final deste mês — Rádio Senado

Impasse deixa votação da MP do Código Florestal para o final deste mês

LOC: FICOU PARA O FINAL DO MÊS A CONCLUSÃO DOS TRABALHOS DA COMISSÃO MISTA DA MEDIDA PROVISÓRIA DO CÓDIGO FLORESTAL. 

LOC: A VOTAÇÃO DAS MUDANÇAS NO TEXTO ENVIADO PELO GOVERNO AO CONGRESSO DEVERIA CONTINUAR NESTA QUINTA-FEIRA. MAS O IMPASSE ENTRE AMBIENTALISTAS E RURALISTAS PROVOCOU O ADIAMENTO. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA: 

TÉC: A comissão de senadores e deputados que analisa a medida provisória do Código Florestal bem que tentou concluir as votações nesta semana de esforço concentrado do Congresso. Na quarta pela manhã, um acordo enxugou a pauta, e o número de emendas à MP que deveriam ser votadas caiu de 343 para pouco mais de 40. Mas o entendimento entre ruralistas e ambientalistas parou por aí. Cinco emendas foram votadas na reunião da tarde, todas com placar apertado, e a bancada da Frente Parlamentar da Agropecuária conseguiu aprovar quatro modificações no texto enviado pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso. Temendo novas derrotas, o governo decidiu transferir a votação de 37 emendas para o próximo esforço concentrado, no final do mês, como afirmou o vice-presidente da comissão, senador Jorge Viana, do PT do Acre. 

(JORGE VIANA) Foi adiada para o dia 28. Deu um impasse e nós tomamos ontem a decisão de cancelar. O presidente comunicou aos senadores e deputados já. Está tendo uma ação que tenta modificar a medida provisória da presidenta, decisões que já tinham sido tomadas no Senado, na Câmara e na medida provisória, agora o pessoal está modificando. Isso é muito grave para o país. Então vai se fazer uma espécie de um freio de arrumação aí. E o governo resolveu endurecer. 

(REPÓRTER) Uma das mudanças aprovadas determina que as áreas de proteção permanente nas margens de rios só serão obrigatórias junto a cursos d’água naturais e perenes. Isso significa que os agricultores não precisarão preservar uma faixa de vegetação nas margens de córregos e rios que secam em alguns períodos do ano. A Comissão Mista da MP do Código Florestal é formada por 15 senadores e 15 deputados, e o relator é o senador Luiz Henrique, do PMDB de Santa Catarina. O texto que sair da comissão será votado pelos plenários da Câmara e do Senado. A Medida Provisória 571 foi editada no final de maio depois que a presidente Dilma Rousseff vetou trechos do Código Florestal aprovado pelo Congresso.
09/08/2012, 10h50 - ATUALIZADO EM 09/08/2012, 10h50
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