Encontro em Brasília confirma entrada da Venezuela no bloco
LOC: ENCONTRO DE CÚPULA EXTRAORDINÁRIO EM BRASÍLIA NESTA TERÇA-FEIRA ENTRE OS PRESIDENTES DO BRASIL, ARGENTINA, URUGUAI E VENEZUELA DEFINE A ENTRADA DO PAÍS DE HUGO CHAVES NO MERCOSUL.
LOC: O BLOCO CONTARÁ AGORA COM 270 MILHÕES DE HABITANTES, O QUE CORRESPONDE A 70% DA POPULAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL, E UM TERRITÓRIO QUE COBRE 72% DO CONTINENTE. REPÓRTER NARA FERREIRA.
(REPÓRTER) A entrada da Venezuela no Mercosul foi aprovada em 2006 pelos quatro países do bloco regional. Mas para o ingresso pleno, faltava a ratificação pelo Congresso paraguaio. Com a destituição do presidente Fernando Lugo, Brasil, Argentina e Uruguai suspenderam o Paraguai do bloco regional, justificando que houve desrespeito às normas democráticas, e ao mesmo tempo decidiram aprovar a entrada da Venezuela no bloco. No senado, as opiniões se dividem sobre o ingresso da Venezuela no bloco regional sem o aval do Paraguai. O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, disse que a economia e a integração regional sairão fortalecidas:
(REQUIÃO) A entrada da Venezuela é uma espécie de segunda independência do Brasil, demonstra que não estamos mais subordinados a interesses de outros países, outros blocos. Ela representa a unidade do nosso bloco...Não é uma questão ideológica, a entrada da Venezuela está acima de tudo isso, é o reforço de nossas economias nesse momento de crise... ela tem um produto interno bruto que ultrapassa folgadamente 300 bilhões de dólares, é um mercado que vai dar oxigênio para Brasil e Argentina...
(REP) Já o senador Francisco Dornelles, do PP do Rio de Janeiro, criticou a entrada da Venezuela sem aprovação do Congresso paraguaio, como manda o protocolo de criação do Mercosul:
(DORNELES) Eu tive oportunidade no Senado de me pronunciar favoravelmente à entrada da Venezuela no Mercosul, em que pese os aspectos políticos...as razões de natureza financeira, comercial, os investimentos justificariam a entrada da Venezuela, mas entrou com gol de mão, entrou de uma maneira inconcebível, de uma maneira que vai destruir o Mercosul. (REP) Para o senador Aloysio Nunes, do PSDB de São Paulo, a mudança é lamentável
(ALOYSIO NUNES) A Venezuela vem se transformando numa plataforma para o narcotráfico - é esse país que vem aqui em nome da democracia, junto com o Brasil, Argentina, vem dar lições de democracia ao Paraguai. Considero esse episódio lamentável
(REP) Já o senador Pedro Simon, do PMDB gaúcho, elogia a maior integração:
(PEDRO SIMON) nós temos que ter um pouco de pragmatismo neste sentido, o americano está lutando contra o Mercosul, estão querendo aproveitar agora para pegar o Paraguai, estão dizendo que vão fazer um pacto de livre comercio com os Estados Unidos que nem o Chile fez. Acho que para o Brasil é muito importante essa integração.
(REP) Até dezembro deste ano, o Brasil ocupa a presidência temporária do bloco regional.
LOC: A VENEZUELA ASSINOU NESTA TERÇA-FEIRA UM ACORDO COM O BRASIL PARA COMPRAR INICIALMENTE 6 AVIÕES COMERCIAIS DA EMBRAER NO VALOR DE 270 MILHÕES DE DÓLARES. O CONTRATO PREVÊ QUE A COMPRAR PODE CHEGAR A 20 AVIÕES NUM TOTAL DE 900 MILHÕES DE DÓLARES.
LOC: O BLOCO CONTARÁ AGORA COM 270 MILHÕES DE HABITANTES, O QUE CORRESPONDE A 70% DA POPULAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL, E UM TERRITÓRIO QUE COBRE 72% DO CONTINENTE. REPÓRTER NARA FERREIRA.
(REPÓRTER) A entrada da Venezuela no Mercosul foi aprovada em 2006 pelos quatro países do bloco regional. Mas para o ingresso pleno, faltava a ratificação pelo Congresso paraguaio. Com a destituição do presidente Fernando Lugo, Brasil, Argentina e Uruguai suspenderam o Paraguai do bloco regional, justificando que houve desrespeito às normas democráticas, e ao mesmo tempo decidiram aprovar a entrada da Venezuela no bloco. No senado, as opiniões se dividem sobre o ingresso da Venezuela no bloco regional sem o aval do Paraguai. O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, disse que a economia e a integração regional sairão fortalecidas:
(REQUIÃO) A entrada da Venezuela é uma espécie de segunda independência do Brasil, demonstra que não estamos mais subordinados a interesses de outros países, outros blocos. Ela representa a unidade do nosso bloco...Não é uma questão ideológica, a entrada da Venezuela está acima de tudo isso, é o reforço de nossas economias nesse momento de crise... ela tem um produto interno bruto que ultrapassa folgadamente 300 bilhões de dólares, é um mercado que vai dar oxigênio para Brasil e Argentina...
(REP) Já o senador Francisco Dornelles, do PP do Rio de Janeiro, criticou a entrada da Venezuela sem aprovação do Congresso paraguaio, como manda o protocolo de criação do Mercosul:
(DORNELES) Eu tive oportunidade no Senado de me pronunciar favoravelmente à entrada da Venezuela no Mercosul, em que pese os aspectos políticos...as razões de natureza financeira, comercial, os investimentos justificariam a entrada da Venezuela, mas entrou com gol de mão, entrou de uma maneira inconcebível, de uma maneira que vai destruir o Mercosul. (REP) Para o senador Aloysio Nunes, do PSDB de São Paulo, a mudança é lamentável
(ALOYSIO NUNES) A Venezuela vem se transformando numa plataforma para o narcotráfico - é esse país que vem aqui em nome da democracia, junto com o Brasil, Argentina, vem dar lições de democracia ao Paraguai. Considero esse episódio lamentável
(REP) Já o senador Pedro Simon, do PMDB gaúcho, elogia a maior integração:
(PEDRO SIMON) nós temos que ter um pouco de pragmatismo neste sentido, o americano está lutando contra o Mercosul, estão querendo aproveitar agora para pegar o Paraguai, estão dizendo que vão fazer um pacto de livre comercio com os Estados Unidos que nem o Chile fez. Acho que para o Brasil é muito importante essa integração.
(REP) Até dezembro deste ano, o Brasil ocupa a presidência temporária do bloco regional.
LOC: A VENEZUELA ASSINOU NESTA TERÇA-FEIRA UM ACORDO COM O BRASIL PARA COMPRAR INICIALMENTE 6 AVIÕES COMERCIAIS DA EMBRAER NO VALOR DE 270 MILHÕES DE DÓLARES. O CONTRATO PREVÊ QUE A COMPRAR PODE CHEGAR A 20 AVIÕES NUM TOTAL DE 900 MILHÕES DE DÓLARES.
