Congressistas paraguaios terão que explicar deposição de Lugo — Rádio Senado

Congressistas paraguaios terão que explicar deposição de Lugo

LOC: OS CONGRESSISTAS PARAGUAIOS TERÃO QUE EXPLICAR AOS DEMAIS PARCEIROS DO PARLASUL, O PARLAMENTO DO MERCOSUL, A DERRUBADA DO EX-PRESIDENTE DO PAÍS, FERNANDO LUGO.
 
LOC: NESTA TERÇA-FEIRA, A REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA NO PARLASUL DEIXOU DE VOTAR NOTA QUE CONDENAVA A RUPTURA DA ORDEM DEMOCRÁTICA NO PARAGUAI. OS DETALHES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS:
 
(Repórter) Não houve consenso sobre a nota proposta pelo deputado José Stedile, do PSB gaúcho. Parte dos deputados e senadores avaliou que seria uma intromissão nas relações políticas do país vizinho condenar o processo relâmpago que resultou no impeachment de Fernando Lugo na última sexta-feira, dia 22. O deputado José Stedile lamentou a chance perdida de, segundo ele, reafirmar a vocação democrática da América do Sul.
 
(José Stedile) Queríamos tomar medidas mais fortes com relação á participação do Paraguai no MERCOSUL e em toda a América Latina, mas lamentavelmente, o Congresso abriu mão desse direito, e na prática, ao não votar, referendou o golpe de estado no Paraguai. 

(Repórter) E o presidente da Comissão Conjunta do MERCOSUL, senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, explicou que, mesmo sem a aprovação da nota de condenação ao processo de impeachment, os representantes paraguaios terão que explicar o assunto na próxima reunião do Parlasul, marcada para o dia 2 de julho em Montevideo, no Uruguai. Mas Requião explicou que antes disso os dirigentes dos países do MERCOSUL já terão se reunido em Mendoza, na Argentina, e poderão adotar outras sanções ao Paraguai.
 
(Roberto Requião) Na minha opinião pessoal, a posição deveria ter sido tomada hoje, porque no dia 2, os nossos presidentes do Brasil, da Argentina e do Uruguai já terão se reunido em Mendoza, e terão tomado uma atitude definitiva. 

(Repórter) Na reunião desta terça, a comissão ainda aprovou proposta do senador Pedro Simon, do PMDB do Rio Grande do Sul, que concede incentivos fiscais para empreendimentos que reúnam empresas de dois ou mais países do Mercosul. O objetivo é dar apoio a projetos de integração sul-americana. A matéria ainda precisa passar por outras comissões do Senado e pela Câmara dos Deputados.
26/06/2012, 07h37 - ATUALIZADO EM 26/06/2012, 07h37
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