CPI Mista promove audiência na Assembleia Legislativa do Paraná — Rádio Senado

CPI Mista promove audiência na Assembleia Legislativa do Paraná

LOC: A CPI MISTA DA VIOLENCIA CONTRA A MULHER PROMOVEU NESTA SEGUNDA-FEIRA UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ.

LOC: OS PARLAMENTARES DISCUTIRAM COM REPRESENTANTES DO EXECUTIVO, DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO SOLUÇÕES PARA REDUZIR OS ÍNDICES DE AGRESSÕES ÀS MULHERES NO ESTADO. O REPÓRTER CELSO CAVALCANTI TEM AS INFORMAÇÕES:
 
(Repórter) As visitas aos estados mais violentos para as mulheres, e também os mais populosos do país, fazem parte do plano de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito. Durante a audiência no Paraná, o sétimo a ser visitado, a CPI questionou as autoridades sobre os elevados índices locais relativos a esse tipo de violência. Enquanto a média nacional é de 4,4 assassinatos para cada grupo de 100 mil mulheres, no Paraná esse número chega a 6,3 mortes. Movimentos sociais ouvidos pelos parlamentares reclamaram das dificuldades enfrentadas pelas mulheres paranaenses para serem atendidas em órgãos como a própria Delegacia Especial da Mulher, e também do não cumprimento da Lei Maria da Penha por alguns juízes. Autoridades participantes da audiência pública, como a promotora Cláudia Martins, que atua no Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Curitiba, apontaram a escassez de pessoal como um dos fatores que têm prejudicado o atendimento às vítimas de agressão.
 
(Cláudia Martins) Trabalhamos com imensa boa vontade, e tentando suprir o que o Estado deveria prover de outra maneira, mas nós temos realmente o sucateamento do material humano, porque nós temos funcionários e mesmo colegas operadores jurídicos em quantidade insuficiente para a demanda: no Judiciário, no Ministério Público e no âmbito da Polícia Civil. É uma mazela comum, não é uma mazela de um dos poderes.
 
(Repórter) A relatora da CPI mista, senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, cobrou mais atenção dos órgãos públicos do estado para essa situação.
 
(Ana Rita) Nós entendemos que o estado do Paraná é um estado que se desenvolveu economicamente, no entanto ele tem um déficit muito grande que é a violência contra a mulher. É preciso um investimento maior, no nosso entendimento, nos equipamentos, existem alguns equipamentos mas pelo que já soubemos funciona de forma bastante precária, tem poucos profissionais, profissionais não qualificados, não preparados, e é preciso realmente inverter isso, resolver essa questão. 

(Repórter) A presidente da CPI Mista, deputada Jô Moraes, do PC do B mineiro, defendeu a união das diferentes esferas públicas para combater a violência contra as mulheres no país.
 
(Jô Moraes) Nós precisamos é uma rede integrada, a partir de uma articulação das três instâncias de governo, da federal, da estadual e da municipal, acredito que nessa articulação nós podemos reduzir o que é aquilo ainda é um (pacto?) e avançar, na prevenção, na proteção e na punição em relação aos crimes contra a mulher. 

(Repórter) Dados levantados pela CPI Mista da Violência contra a Mulher mostram que o Brasil ocupa a sétima posição no ranking de países com o maior número de assassinatos de mulheres. Foram 43 mil mortes apenas na última década.
25/06/2012, 06h14 - ATUALIZADO EM 25/06/2012, 06h14
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