"Conquistas poderiam ser mais audaciosas", avaliam senadores na Rio+20 — Rádio Senado

"Conquistas poderiam ser mais audaciosas", avaliam senadores na Rio+20

LOC: A CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, A RIO+20, TERMINOU NESTA SEXTA-FEIRA À TARDE, COM A DIVULGAÇÃO DO DOCUMENTO FINAL, INTITULADO "O FUTURO QUE QUEREMOS".LOC: OS SENADORES QUE ACOMPANHARAM A RIO+20 AVALIARAM COMO POSITIVO O SALDO FINAL, MAS ADMITIRAM QUE AS CONQUISTAS PODERIAM TER SIDO MAIS AUDACIOSAS. A REPORTAGEM É DE NARA FERREIRA:(Repórter) Foram dez dias de exposições, reuniões, palestras, e intensas negociações diplomáticas que culminaram com o encontro de cúpula entre chefes de governo e de estado e autoridades de alto nível representando 193 países das Nações Unidas. O documento final, "o futuro que queremos" ratificado no encerramento da conferência na sexta-feira, recebeu duras criticas de Ongs e ambientalistas que consideraram os objetivos traçados muito tímidos. Faltou, por exemplo, fixar metas precisas para redução de poluentes e para o desenvolvimento sustentável, o que foi adiado para 2015; definir com mais clareza o termo economia verde - assunto que coloca países ricos e em desenvolvimento em rota de colisão - e também garantir a transformação do Pnuma, o programa de meio ambiente das Nações Unidas em uma agência com mais força e independência. O texto fala em fortalecimento deste programa, mas sem definir exatamente de que forma - tema que ficou para ser resolvido na assembleia geral da ONU. Outro ponto criticado foi a indefinição do financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável, questão que ficou em aberto particularmente por causa dos países desenvolvidos, em especial os Estados Unidos e a União Europeia, que se recusaram a assumir compromissos que pudessem prejudicar suas economias em crise. Entre os senadores que acompanharam a conferencia da ONU, o balanço dos dez dias da Rio+20 foi positivo, mas com ressalvas. Para o presidente da comissão de relações exteriores, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, o documento final ficou aquém do esperado - mas ele apontou também avanços significativos: (Fernando Collor) Me deixou muito feliz porque pugnei para que nesse documento ficasse explícito o principio do não retrocesso, que está inserido no direito humanitário, para que não aceitar qualquer retrocesso naquilo que já foi conquistado em 92 e pós 92, por isso não se pode mexer porque mexer seria retroceder e isso está incluído, é um ponto importantíssimo, está incluído também no documento final da rio mais vinte. Vamos trabalhar para chegar a 2015 com metas mais específicas.(Repórter) A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, vice-presidente da comissão mista de mudanças climáticas, acredita que a conferência no Rio abriu portas para conquistas importantes. (...)
22/06/2012, 05h40 - ATUALIZADO EM 22/06/2012, 05h40
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