Para relator depoimento de empresário complica situação de Perillo
LOC: PARA O RELATOR DA CPI MISTA DO CACHOEIRA, O DEPOIMENTO DO EMPRESÁRIO WALTER SANTIAGO COMPLICOU A SITUAÇÃO DO GOVERNADOR DE GOIÁS.
LOC: MAS CORRELIGIONÁRIOS DE MARCONI PERILLO GARANTEM QUE O POLÍTICO VAI ESCLARECER A VENDA DE UMA MANSÃO E COMPROVAR QUE NÃO ESTÁ ENVOLVIDO COM O CONTRAVENTOR CARLOS RAMOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Em depoimento à CPI Mista do Cachoeira, o empresário Walter Santiago confirmou a compra de uma mansão do governador de Goiás, Marconi Perillo, por meio da empresa Mestra administrada por ele e com empréstimos. Santiago disse que pagou em espécie a quantia de um milhão e quatrocentos mil reais para Wladimir Garcez e Lúcio Fiúza, intermediários do negócio. Segundo a Polícia Federal, os dois seriam laranjas do contraventor Carlos Ramos. Ainda no depoimento, o empresário revelou que não se encontrou com o governador para fechar o negócio. Os integrantes da CPI apontaram como contradição o pagamento da mansão. O empresário disse que entregou pacotes com notas de 50 e de 100 reais. Já o governador declarou ter recebido três cheques de uma empresa de Cachoeira. Walter Santiago ficou de enviar para a CPI os documentos da compra da casa. Ao colocar os sigilos dele e da empresa Mestra à disposição da Comissão Parlamentar de Inquérito, ele negou ser sócio de Cachoeira e lamentou ser envolvido numa briga política.
(Walter Santiago) Fui um dos mais honesto e corajoso em vir aqui defrontar com inimigos do governador. Não vim aqui para ajudar governador nem massacrá-lo.Tudo o que disse foi só verdade.
(Repórter) Para o relator, deputado Odair Cunha, do PT mineiro, o depoimento revela que Perillo recebeu o dobro do que declarou: R$ 1,4 milhão divididos em três cheques e R$ 1,4 milhão em espécie. (Odair Cunha) Creio que essa declaração do Sr. Walter Paulo complica na medida em que contradiz de maneira explícita o que diz o Sr. governador Marconi Perillo. Temos nesse caso duas hipóteses. Primeiro que alguém está mentindo. Segundo, o governador pode ter recebido duas vezes R$ 2,8 milhões.
(Repórter) O senador Álvaro Dias do PSDB do Paraná afirmou que o governador goiano vai esclarecer na próxima terça-feira a venda da casa. Segundo o tucano, Walter Santiago não comprometeu o governador porque admitiu irregularidades relacionadas aos negócios dele próprio.
(Alvaro Dias) O depoimento não acrescentou. Compromete o depoente em várias situações, que são alheias à CPI e não pertencem ao foco da CPI. É questão de caixa 2 ou não, declaração à Receita ou não. A questão a ser equacionada tem que ser equacionada pelo próprio governador.
(Repórter) Outra testemunha ouvida pela CPI foi a professora Sejana Martins. Ela afirmou que deixou a sociedade com Walter Santiago antes da compra da mansão. Sejana negou conhecer Cachoeira. Já o empresário Écio Ribeiro e a ex-chefe de gabinete de Marconi Perillo, Eliane Pinheiro, não compareceram ao depoimento protegidos por um atestado médico.
LOC: MAS CORRELIGIONÁRIOS DE MARCONI PERILLO GARANTEM QUE O POLÍTICO VAI ESCLARECER A VENDA DE UMA MANSÃO E COMPROVAR QUE NÃO ESTÁ ENVOLVIDO COM O CONTRAVENTOR CARLOS RAMOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Em depoimento à CPI Mista do Cachoeira, o empresário Walter Santiago confirmou a compra de uma mansão do governador de Goiás, Marconi Perillo, por meio da empresa Mestra administrada por ele e com empréstimos. Santiago disse que pagou em espécie a quantia de um milhão e quatrocentos mil reais para Wladimir Garcez e Lúcio Fiúza, intermediários do negócio. Segundo a Polícia Federal, os dois seriam laranjas do contraventor Carlos Ramos. Ainda no depoimento, o empresário revelou que não se encontrou com o governador para fechar o negócio. Os integrantes da CPI apontaram como contradição o pagamento da mansão. O empresário disse que entregou pacotes com notas de 50 e de 100 reais. Já o governador declarou ter recebido três cheques de uma empresa de Cachoeira. Walter Santiago ficou de enviar para a CPI os documentos da compra da casa. Ao colocar os sigilos dele e da empresa Mestra à disposição da Comissão Parlamentar de Inquérito, ele negou ser sócio de Cachoeira e lamentou ser envolvido numa briga política.
(Walter Santiago) Fui um dos mais honesto e corajoso em vir aqui defrontar com inimigos do governador. Não vim aqui para ajudar governador nem massacrá-lo.Tudo o que disse foi só verdade.
(Repórter) Para o relator, deputado Odair Cunha, do PT mineiro, o depoimento revela que Perillo recebeu o dobro do que declarou: R$ 1,4 milhão divididos em três cheques e R$ 1,4 milhão em espécie. (Odair Cunha) Creio que essa declaração do Sr. Walter Paulo complica na medida em que contradiz de maneira explícita o que diz o Sr. governador Marconi Perillo. Temos nesse caso duas hipóteses. Primeiro que alguém está mentindo. Segundo, o governador pode ter recebido duas vezes R$ 2,8 milhões.
(Repórter) O senador Álvaro Dias do PSDB do Paraná afirmou que o governador goiano vai esclarecer na próxima terça-feira a venda da casa. Segundo o tucano, Walter Santiago não comprometeu o governador porque admitiu irregularidades relacionadas aos negócios dele próprio.
(Alvaro Dias) O depoimento não acrescentou. Compromete o depoente em várias situações, que são alheias à CPI e não pertencem ao foco da CPI. É questão de caixa 2 ou não, declaração à Receita ou não. A questão a ser equacionada tem que ser equacionada pelo próprio governador.
(Repórter) Outra testemunha ouvida pela CPI foi a professora Sejana Martins. Ela afirmou que deixou a sociedade com Walter Santiago antes da compra da mansão. Sejana negou conhecer Cachoeira. Já o empresário Écio Ribeiro e a ex-chefe de gabinete de Marconi Perillo, Eliane Pinheiro, não compareceram ao depoimento protegidos por um atestado médico.
