Entidades defendem respeito aos direitos humanos das pessoas LGBTQIA+ — Rádio Senado
Conscientização

Entidades defendem respeito aos direitos humanos das pessoas LGBTQIA+

Representantes da comunidade LGBTQIA+, de entidades civis e órgãos do governo participaram de uma audiência conjunta das comissões de Direitos Humanos e de Educação sobre o respeito aos direitos humanos das pessoas LGBTQIA+. O evento foi uma sugestão da Aliança Nacional LGBTQIA+ e aconteceu em comemoração ao 77º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro.

11/12/2025, 20h21
Duração de áudio: 03:09
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
Representantes da comunidade LGBTQIA+, de entidades civis e órgãos do governo participaram de uma audiência conjunta das comissões de Direitos Humanos e de Educação sobre o respeito aos direitos humanos das pessoas LGBTQIA+. O evento foi uma sugestão da Aliança Nacional LGBTQIA+ e aconteceu em comemoração ao 77º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, que propôs e presidiu a audiência, destacou os dados da violência contra pessoas LGBTQIA+ no Brasil. (senador Paulo Paim) "Essa escalada de violência, agressão, morte, assassinatos, representa uma violação sistemática dos direitos fundamentais e a evidência de que não estamos diante de ocorrências isoladas, mas de um padrão cultural de intolerância que precisa ser combatido com firmeza". A empresária Érika Linhares, da empresa de consultoria B-Have, criticou o que chamou de “tirania ideológica” de alguns grupos de esquerda que defendem os direitos humanos. Em resposta, Michel Platini, do Grupo Estruturação e Centro DH, disse que os grupos conservadores transformam direitos em pauta moral. (Michel Platini) "Nós estamos diante de um cenário em que a gente luta pra viver; nós estamos diante de um cenário em que as pessoas trans não podem acessar saúde, é um direito básico! Mais de 42% das pessoas trans já tentaram cometer suicídio. Aí eu quero que vocês me ajudem a escolher o lado da tirania. Quem é tirano: quem mata ou quem morre?" Já o defensor público-geral federal, Leonardo Cardoso de Magalhães, e a representante do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Miriam Gomes Alves, defenderam a educação em direitos humanos para promover o respeito à diferença. (Leonardo Cardoso de Magalhães) "Vivemos num tempo em que a informação é também uma forma de cuidado e de proteção. É por isso que nós temos que transformar a partir da educação. E transformar também visibilizando as dificuldades, as desigualdades estruturais, a forma de  acesso que a população LGBT tem no mercado de trabalho, a evasão escolar". A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, presidente da Comissão de Direitos Humanos, também apoiou e participou do debate. De acordo com dados da Associação Nacional de Transsexuais e Tavestis, a Antra, o Brasil permanece na liderança global dos países que mais matam pessoas trans. Em 2024, foram 122 assassinatos. Da Rádio Senado, Raíssa Abreu.

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