Comissão discute regras que tornam mais difícil tirar CNH de motocicletas
LOC: PODE FICAR MAIS DIFÍCIL TIRAR CARTEIRA DE HABILITAÇÃO PARA MOTOCICLETAS.
LOC: ESSA FOI UMA DAS MEDIDAS APONTADAS NESTA TERÇA-FEIRA POR ESPECIALISTAS, NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO, PARA CONTER A EPIDEMIA DE ACIDENTES DE MOTOS NO BRASIL. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(REPÓRTER) Morrem no Brasil por ano mais de 40 mil pessoas e 110 mil ficam feridas, em função de acidentes de trânsito; um terço envolvendo motocicletas. E a cada dez leitos de UTIs ocupados, seis são vítimas de acidentes de trânsito e quatro deles, de acidentes com motos, que geram um gasto de 28 bilhões de reais com a recuperação dos feridos. A solução para a epidemia de acidentes com motocicletas, de acordo com especialistas, começa na formação dos condutores, passa pela fiscalização, e envolve até aspectos estruturais, como a criação de faixas exclusivas. Gisele Flores, vice-presidente do Instituto Sobremotos, resumiu as principais causas de acidentes com motocicletas.
(Gisele Flores) O problema aqui começa na raiz, que tem o privilégio aos carros, o transporte público inapropriado. A consequência é a disputa do espaço das vias. E as causas complementares desses acidentes são a fiscalização insuficiente de um lado, e a má formação dos condutores.
(REPÓRTER) O presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Valter Pereira da Silva, explicou que a categoria tem feito treinamentos com os motofretistas, o que vem diminuindo os acidentes. Mas ele disse que não basta treinar os trabalhadores, é preciso focar em todos os motociclistas, principalmente os novatos.
(Valter Pereira da Silva) Porque todo recém-habilitado, quando ele bota a carteira no bolso, ele já se acha piloto. Ele já acha que pode fazer como um profissional da moto faz. E ele não consegue, ele acaba sendo uma vítima do trânsito, acaba sendo um kamikaze sem querer ser.
(REPÓRTER) A representante do Denatran, Departamento Nacional de Trânsito, Maria Cristina Hoffman, admitiu que há uma grande falha na formação dos motociclistas, que é responsabilidade dos estados.
(Maria Cristina Hoffman) O centro de formação hoje ele adestra a pessoa a tirar a carteira de habilitação. O centro de formação brinca, faz de conta que ele ensina, e o Detran faz de conta que examina.
(REPÓRTER) A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, ficou satisfeita em saber que a própria categoria reconhece as falhas na habilitação e na atitude dos motociclistas.
(Ana Amélia) O que me deu mais conforto nessa audiência foi de ouvir dos profissionais dessa área que o problema está em comportamento, educação, consciência e responsabilidade. Eu lamento que não tenha entrado na LCB, a Lei de Diretrizes e Bases, o ensino da questão do trânsito. O trânsito é o primeiro sinal de civilidade, e nós estamos mostrando que não somos civilizados no trânsito. O motorista de um automóvel trata o motorista de uma moto como se fosse o maior inimigo que ele tem, e vice versa.
(REPÓRTER) Os especialistas sugeriram a volta da divisão da habilitação em subcategorias – como A1, A2 e A3 – de acordo com a cilindrada da motocicleta.
LOC: ESSA FOI UMA DAS MEDIDAS APONTADAS NESTA TERÇA-FEIRA POR ESPECIALISTAS, NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO, PARA CONTER A EPIDEMIA DE ACIDENTES DE MOTOS NO BRASIL. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(REPÓRTER) Morrem no Brasil por ano mais de 40 mil pessoas e 110 mil ficam feridas, em função de acidentes de trânsito; um terço envolvendo motocicletas. E a cada dez leitos de UTIs ocupados, seis são vítimas de acidentes de trânsito e quatro deles, de acidentes com motos, que geram um gasto de 28 bilhões de reais com a recuperação dos feridos. A solução para a epidemia de acidentes com motocicletas, de acordo com especialistas, começa na formação dos condutores, passa pela fiscalização, e envolve até aspectos estruturais, como a criação de faixas exclusivas. Gisele Flores, vice-presidente do Instituto Sobremotos, resumiu as principais causas de acidentes com motocicletas.
(Gisele Flores) O problema aqui começa na raiz, que tem o privilégio aos carros, o transporte público inapropriado. A consequência é a disputa do espaço das vias. E as causas complementares desses acidentes são a fiscalização insuficiente de um lado, e a má formação dos condutores.
(REPÓRTER) O presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul, Valter Pereira da Silva, explicou que a categoria tem feito treinamentos com os motofretistas, o que vem diminuindo os acidentes. Mas ele disse que não basta treinar os trabalhadores, é preciso focar em todos os motociclistas, principalmente os novatos.
(Valter Pereira da Silva) Porque todo recém-habilitado, quando ele bota a carteira no bolso, ele já se acha piloto. Ele já acha que pode fazer como um profissional da moto faz. E ele não consegue, ele acaba sendo uma vítima do trânsito, acaba sendo um kamikaze sem querer ser.
(REPÓRTER) A representante do Denatran, Departamento Nacional de Trânsito, Maria Cristina Hoffman, admitiu que há uma grande falha na formação dos motociclistas, que é responsabilidade dos estados.
(Maria Cristina Hoffman) O centro de formação hoje ele adestra a pessoa a tirar a carteira de habilitação. O centro de formação brinca, faz de conta que ele ensina, e o Detran faz de conta que examina.
(REPÓRTER) A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, ficou satisfeita em saber que a própria categoria reconhece as falhas na habilitação e na atitude dos motociclistas.
(Ana Amélia) O que me deu mais conforto nessa audiência foi de ouvir dos profissionais dessa área que o problema está em comportamento, educação, consciência e responsabilidade. Eu lamento que não tenha entrado na LCB, a Lei de Diretrizes e Bases, o ensino da questão do trânsito. O trânsito é o primeiro sinal de civilidade, e nós estamos mostrando que não somos civilizados no trânsito. O motorista de um automóvel trata o motorista de uma moto como se fosse o maior inimigo que ele tem, e vice versa.
(REPÓRTER) Os especialistas sugeriram a volta da divisão da habilitação em subcategorias – como A1, A2 e A3 – de acordo com a cilindrada da motocicleta.
