Comissão quer prorrogar os trabalhos e apresentar relatório só em agosto — Rádio Senado

Comissão quer prorrogar os trabalhos e apresentar relatório só em agosto

LOC: A COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO QUE INVESTIGA O TRÁFICO NACIONAL E INTERNACIONAL DE PESSOAS QUER PRORROGAR OS TRABALHOS E APRESENTAR O RELATÓRIO FINAL SÓ EM AGOSTO. 

LOC: OS INTEGRANTES DA CPI QUEREM PEDIR À COMISSÃO DE JURISTAS ENCARREGADA DE PROPOR MUDANÇAS NO CÓDIGO PENAL QUE DEFINAM ESSE TIPO DE CRIME NA NOVA LEGISLAÇÃO. TAMBÉM QUEREM OUVIR EM AUDIÊNCIA PÚBLICA OS MINISTROS DA JUSTIÇA, DE DIREITOS HUMANOS E DA SECRETARIA DAS MULHERES. AS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER NARA FERREIRA. 

(Repórter) A CPI que investiga o tráfico de pessoas foi criada em abril do ano passado, e apresentaria o relatório final no dia 30 de junho. Diante de novas diligências e contatos que os integrantes da comissão pretendem realizar, a entrega do relatório ficará para o início de agosto. Os senadores querem ir a Goiânia em junho, para ouvir a integrante do Fórum de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, Beth Fernandes. A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, presidente da CPI, explicou a necessidade de aprofundar as investigações 

(Vanessa Grazziotin) de cada quatro meninas mandadas para a Europa, para a Espanha, três são de Goiás, por isso, a necessidade de fazer essa diligência. 

(Repórter) A CPI também vai contatar o Superior Tribunal de Justiça para apurar denúncias de tráfico de mulheres para a Namíbia. A relatora da CPI, Lídice da Mata, do PSB da Bahia, sugeriu que a CPI trabalhe com a Comissão de Juristas encarregada de propor um novo Código Penal 

(Lídice da Mata)) um dos grandes objetivos dessa cpi é apresentar uma proposta nova de adequação do nosso código penal da legislação que trata desse crime, portanto é fundamental que tenhamos um debate com os representantes da comissão que estão a fazer a mudança do código penal. 

(Repórter) O senador Paulo Davim, do PV do Rio Grande do Norte, espera que o relatório final da CPI aponte soluções para o problema: 

(Paulo Davim) Criar quantos instrumentos necessários for para que sejam otimizados a busca por vítimas do tráfico e que a gente ofereça à sociedade a maior quantidade de mecanismos de enfrentamento desse crime...é um crime não visível aos olhos da sociedade e das autoridades, por isso tem alto potencial expansivo, a lucratividade gira em torno de 32 bilhões de dólares, só perdendo para o tráfico de drogas. 

(Repórter) Na próxima quarta-feira, a CPI do tráfico de pessoas vai ouvir o professor de Bioética da Universidade de Brasília, Volnei Garrafa, sobre o comércio ilegal de órgãos; e o jurista Hélio Bicudo, que preside a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos. Antes disso, na segunda-feira, a comissão vai a Natal, uma das principais rotas do tráfico de pessoas.
23/05/2012, 12h59 - ATUALIZADO EM 23/05/2012, 12h59
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