Brasil precisa investir em biotecnologia para não depender de outros países
LOC: A COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA DISCUTIU NESTA QUINTA-FEIRA O PAGAMENTO DE ROYALTIES PELO USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO CAMPO.
LOC: E CONCLUÍU QUE AS EMPRESAS BRASILEIRAS PRECISAM DE MAIS INVESTIMENTO EM PESQUISA PARA QUE O PAÍS SEJA COMPETITIVO NO SETOR. A REPORTAGEM É DE RENINA VALEJO:
(Repórter) Nos últimos 30 anos, a produção de grãos mais que dobrou graças ao uso de novas tecnologias. Algumas delas, porém, são controladas por empresas multinacionais, que ditam o preço no mercado, como é o caso das sementes transgênicas. E para utilizar ou comercializar esses produtos, os agricultores têm que pagar os royalties para as empresas que detêm a patente. Os participantes da audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária concordaram que a propriedade intelectual deve ser protegida para garantir a pesquisa de novas tecnologias, mas discordaram da forma como é feita a cobrança, como afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul, Ireneu Orth.
(Irineu Orth) A empresa Monsanto está lançando uma nova semente imune a insetos, e o desejo dela é cobrar 7,5% na moega, ou seja, R$ 115 por hectare. Esse percentual é extremamente alto.
(Repórter) Para o senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, autor do requerimento para a realização da audiência pública, o pagamento de royalties deve ser regulado pelo governo.
(Blairo Maggi) Todos reconhecem a importância da biotecnologia, mas todos também acham que não devemos partir para um processo de integração, onde quem dita as regras é a multinacional que detêm a tecnologia, pelo contrário, tem que haver a regulação, e tem que haver uma resposta do poder público com pesquisas públicas também para deixar o Brasil independente das multinacionais.
(Repórter) O chefe da secretaria de negócios da Embrapa, Felipe Teixeira, concorda que a geração de tecnologia nacional é fundamental para a soberania do Brasil.
(Felipe Teixeira) A gente tem tido, felizmente, um aporte substancial de recursos na pesquisa, mas essa é uma lógica simples: quanto mais recursos, quanto mais tempo, mais chance a gente tem de alcançar a tecnologia de poder ser competitivo no mercado.
(Repórter) A criação de um fundo para a soja também foi sugerida na audiência, a exemplo do que já ocorre com outras culturas, como o algodão, com o objetivo de fortalecer as empresas brasileiras.
LOC: E CONCLUÍU QUE AS EMPRESAS BRASILEIRAS PRECISAM DE MAIS INVESTIMENTO EM PESQUISA PARA QUE O PAÍS SEJA COMPETITIVO NO SETOR. A REPORTAGEM É DE RENINA VALEJO:
(Repórter) Nos últimos 30 anos, a produção de grãos mais que dobrou graças ao uso de novas tecnologias. Algumas delas, porém, são controladas por empresas multinacionais, que ditam o preço no mercado, como é o caso das sementes transgênicas. E para utilizar ou comercializar esses produtos, os agricultores têm que pagar os royalties para as empresas que detêm a patente. Os participantes da audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária concordaram que a propriedade intelectual deve ser protegida para garantir a pesquisa de novas tecnologias, mas discordaram da forma como é feita a cobrança, como afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul, Ireneu Orth.
(Irineu Orth) A empresa Monsanto está lançando uma nova semente imune a insetos, e o desejo dela é cobrar 7,5% na moega, ou seja, R$ 115 por hectare. Esse percentual é extremamente alto.
(Repórter) Para o senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, autor do requerimento para a realização da audiência pública, o pagamento de royalties deve ser regulado pelo governo.
(Blairo Maggi) Todos reconhecem a importância da biotecnologia, mas todos também acham que não devemos partir para um processo de integração, onde quem dita as regras é a multinacional que detêm a tecnologia, pelo contrário, tem que haver a regulação, e tem que haver uma resposta do poder público com pesquisas públicas também para deixar o Brasil independente das multinacionais.
(Repórter) O chefe da secretaria de negócios da Embrapa, Felipe Teixeira, concorda que a geração de tecnologia nacional é fundamental para a soberania do Brasil.
(Felipe Teixeira) A gente tem tido, felizmente, um aporte substancial de recursos na pesquisa, mas essa é uma lógica simples: quanto mais recursos, quanto mais tempo, mais chance a gente tem de alcançar a tecnologia de poder ser competitivo no mercado.
(Repórter) A criação de um fundo para a soja também foi sugerida na audiência, a exemplo do que já ocorre com outras culturas, como o algodão, com o objetivo de fortalecer as empresas brasileiras.
