STF libera interrupção de gravidez de bebês sem cérebro
LOC: POR OITO VOTOS A DOIS, MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL LIBERARAM A INTERRUPÇÃO DE GRAVIDEZ DE BEBÊS SEM CÉREBRO.
LOC: A SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN CONSIDERA A DECISÃO UM AVANÇO. MAS O SENADOR MAGNO MALTA LAMENTOU O VEREDITO DO S-T-F. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN:
(Repórter) Pela decisão, a mulher só vai interromper a gestação se quiser e depois de comprovado por um médico que o feto é anencéfalo. O ministro Carlos Ayres Britto afirmou que esse tipo de aborto será opcional.
(Carlos Aires Britto) Dar a luz é dar a vida. Não é dar a morte. Nenhum quarto será arrumado. Não terá enxoval, não terá berço.Quem quiser assumir a sua gravidez até as últimas conseqüências, mesmo sabendo portador de um feto anencéfalo, que o faça. Ninguém está proibindo.
(Repórter) Para a senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas, o Supremo avançou ao não punir a mulher que quiser interromper a gravidez para abreviar um sofrimento, já que a sobrevivência do bebê é de horas após o parto.
(Vanessa Grazziotin) É um avanço extremamente significativo e que não foge das regras aplicadas hoje: previsto aborto legal no caso de risco da mãe e estupro. E de uma criança que não terá vida? Qual é a diferença? Por alguns minutos? Acho um avanço importante. Acho que não devemos misturar questões religiosas com essa que é científica.
(Repórter) Já o ministro Ricardo Lewandowski, que votou contrariamente à ação, reiterou que o veredicto abre um precedente para a interrupção da gravidez nos casos de outras doenças que provocam a morte do bebê logo após o nascimento.
(Ricardo Lewandowiski) Acho que é uma porta que se abre porque o principal argumento para se autorizar o aborto dos fetos anencéfalo é que teriam uma vida muito pequena extrauterina ou intrauterina. Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem mais de uma dezena de patologias que podem levar a um encurtamento da vida do feto e eventualmente também no futuro que pode levar a um aborto lícito.
(Repórter) O senador Magno Malta do PR do Espírito Santo lamentou o resultado do julgamento.
(Magno Malta) Quem dá a vida é Deus independentemente da forma que o feto está. Se estiver respirando tem vida. Para mim, isso é assassinato. Lamento muito porque eles definitivamente se colocam na posição de Deus.
(Repórter) Pela decisão do Supremo, a interrupção da gravidez não precisará mais de autorização judicial, hoje automaticamente concedida nos casos de estupro e risco de vida para a gestante.
LOC: A SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN CONSIDERA A DECISÃO UM AVANÇO. MAS O SENADOR MAGNO MALTA LAMENTOU O VEREDITO DO S-T-F. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN:
(Repórter) Pela decisão, a mulher só vai interromper a gestação se quiser e depois de comprovado por um médico que o feto é anencéfalo. O ministro Carlos Ayres Britto afirmou que esse tipo de aborto será opcional.
(Carlos Aires Britto) Dar a luz é dar a vida. Não é dar a morte. Nenhum quarto será arrumado. Não terá enxoval, não terá berço.Quem quiser assumir a sua gravidez até as últimas conseqüências, mesmo sabendo portador de um feto anencéfalo, que o faça. Ninguém está proibindo.
(Repórter) Para a senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas, o Supremo avançou ao não punir a mulher que quiser interromper a gravidez para abreviar um sofrimento, já que a sobrevivência do bebê é de horas após o parto.
(Vanessa Grazziotin) É um avanço extremamente significativo e que não foge das regras aplicadas hoje: previsto aborto legal no caso de risco da mãe e estupro. E de uma criança que não terá vida? Qual é a diferença? Por alguns minutos? Acho um avanço importante. Acho que não devemos misturar questões religiosas com essa que é científica.
(Repórter) Já o ministro Ricardo Lewandowski, que votou contrariamente à ação, reiterou que o veredicto abre um precedente para a interrupção da gravidez nos casos de outras doenças que provocam a morte do bebê logo após o nascimento.
(Ricardo Lewandowiski) Acho que é uma porta que se abre porque o principal argumento para se autorizar o aborto dos fetos anencéfalo é que teriam uma vida muito pequena extrauterina ou intrauterina. Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem mais de uma dezena de patologias que podem levar a um encurtamento da vida do feto e eventualmente também no futuro que pode levar a um aborto lícito.
(Repórter) O senador Magno Malta do PR do Espírito Santo lamentou o resultado do julgamento.
(Magno Malta) Quem dá a vida é Deus independentemente da forma que o feto está. Se estiver respirando tem vida. Para mim, isso é assassinato. Lamento muito porque eles definitivamente se colocam na posição de Deus.
(Repórter) Pela decisão do Supremo, a interrupção da gravidez não precisará mais de autorização judicial, hoje automaticamente concedida nos casos de estupro e risco de vida para a gestante.
