Comissões debatem temas ligados à saúde da mulher — Rádio Senado

Comissões debatem temas ligados à saúde da mulher

LOC: UMA AUDIÊNCIA CONJUNTA DAS COMISSÕES DE DIREITOS HUMANOS E DE ASSUNTOS SOCIAIS OUVIU NESTA TERÇA-FEIRA REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, ANVISA E CIRURGIÕES PLÁSTICOS SOBRE DOIS TEMAS LIGADOS A SAÚDE DA MULHER. 

LOC: O PRIMEIRO FOI O CASO DAS PRÓTESES DE SILICONE CONTAMINADAS, E O SEGUNDO: A SITUAÇÃO DAS PACIENTES DE CÂNCER DE MAMA QUE AGUARDAM A CIRURGIA PLÁSTICA RECONSTRUTORA. REPORTAGEM ANA BEATRIZ SANTOS. 

(Repórter) A audiência pública foi dividida em duas partes. A primeira tratou do problema das próteses e a segunda falou da lei que garante a cirurgia plástica reconstrutora nos casos de câncer de mama pelo SUS. Os convidados discutiram as ações para retirar do mercado as próteses importadas das marcas Pip e Rofil. Segundo o diretor da ANVISA, Dirceu Barbano, a venda de qualquer prótese no Brasil segue normas severas, e a fabricante das marcas alterou a composição depois das avaliações nacionais e internacionais obrigatórias. Segundo a sociedade brasileira de cirurgia plástica, todas as pacientes que tem implantes das marcas PIP e Rofil não encontram dificuldades para a troca das próteses, tanto no serviço publico quanto nos planos de saúde. Para a cirurgiã Mayra Kalef, do Rio Grande do Sul, a troca das próteses contaminadas deixou em evidência o drama das mulheres que aguardam por anos a cirurgia reparadora depois do tratamento do câncer. A médica defendeu a aplicação da lei 9797 que garante a reconstrução mamária para essas pacientes. 

(Dra. Mayra Kalef) Essa obrigatoriedade da cirurgia plástica reconstrutora d a mama já é conhecida desde 1999 e tenho certeza que essas mulheres estão aqui porque elas vêem toda essa divulgação, toda essa mídia em torno das próteses e elas ainda estão na fila pra conseguir a sua reconstrução mamária. 

(Repórter) A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, uma das autoras do pedido de audiência, destacou os pontos mais importantes das apresentações, como o fim da burocracia para a aplicação da lei e mais verbas para os programas de combate e diagnóstico do câncer de mama. 

(Ana Amélia) Aqui foi visto não só na primeira fase ma s agora também muitas das questões que dizem respeito a questões éticas, conselho federal de medicina, e a questões de orçamento e questões de compatibilizar. Prestei muita atenção e alguém mencionou a burocracia nos processos da 9.797 que é essa lei de 99. 

(Repórter) Todos os médicos participantes da exposição destacaram a importância do diagnóstico precoce do câncer, para evitar as cirurgias mutiladoras. Segundo representantes do ministério da saúde, o SUS vai dar mais atenção para a instalação e manutenção dos mamógrafos dos hospitais públicos para diminuir o tempo de espera pelo exame.
14/02/2012, 02h11 - ATUALIZADO EM 14/02/2012, 02h11
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