Protesto contra o novo Código Florestal é um dos destaques do evento — Rádio Senado

Protesto contra o novo Código Florestal é um dos destaques do evento

LOC: UM DOS DESTAQUES DO FÓRUM SOCIAL TEMÁTICO, QUE ACONTECE ATÉ DOMINGO NO RIO GRANDE DO SUL, FOI O LANÇAMENTO DA CAMPANHA "MANGUE FAZ A DIFERENÇA".

LOC: ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS ALEGAM QUE O NOVO CÓDIGO FLORESTAL VAI PREJUDICAR ESSAS ÁREAS. MAS SENADORES ALERTAM QUE NÃO PODEM SER FEITAS MAIS MUDANÇAS NO TEXTO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.

(REPÓRTER) Uma coalizão de ONGs liderada pela Fundação SOS Mata Atlântica lançou, durante o Fórum Social Temático, a campanha "Mangue Faz a Diferença", que vai se espalhar por doze estados antes de promover uma manifestação em Brasília, em março. O protesto é contra o projeto do novo Código Florestal aprovado pelo Senado, que seguiu para uma última análise na Câmara dos Deputados. O texto propõe a regularização de ocupações em manguezais ocorridas até 2008, consolida as ocupações urbanas nessas áreas e permite o uso de até 10% do mangue na Amazônia e 35% nas outras regiões. O senador Randolfe Rodrigues, do PSol do Amapá, sugeriu às organizações que pressionem a presidente Dilma Rousseff para vetar partes do Código Florestal. Ou os deputados aceitam as mudanças feitas pelos senadores ou retomam o texto que haviam aprovado.

(RANDOLFE RODRIGUES) A proposta que saiu da Câmara é a barbárie. A que saiu do Senado diminuiu a barbárie, mas continua muito ruim, e isso representará o mais grave retrocesso da legislação ambiental brasileira. Se o Brasil quer ter coerência com o evento que vai sediar em junho deste ano, eu espero que a presidente Dilma vete. Vete todas as modificações que ocorreram na Câmara e no Senado, e em especial, do texto do Senado, o que trata da anistia dos desmatadores.

(REPÓRTER) O senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, por sua vez, defendeu o texto aprovado pelos senadores.

(ACIR GURGACZ) O texto que saiu do Senado é o mais próximo da realidade brasileira e da realidade mundial. Eu não vejo nenhuma necessidade de mudança. O que foi feito tá bem, tá dentro do que pensa a população brasileira, sejam elas produtores ou não produtores. Aquilo que foi feito no Senado foi feito em comum acordo com a maioria dos deputados federais, acompanharam as mudanças. A sociedade organizada foi ouvida, deu suas opiniões.

(REPÓRTER) A campanha conta com o apoio do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, uma coalizão formada por 163 organizações da sociedade civil, responsável pelo movimento "Floresta Faz a Diferença". Informações, fotos e vídeos serão disponibilizados a partir de fevereiro no endereço www.manguefazadiferenca.org.br
26/01/2012, 00h31 - ATUALIZADO EM 26/01/2012, 00h31
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