Senadores comentam inflação oficial de 2011, que fechou o ano em 6,5% — Rádio Senado

Senadores comentam inflação oficial de 2011, que fechou o ano em 6,5%

LOC: OS SENADORES COMENTARAM A TAXA OFICIAL DA INFLAÇÃO, QUE FECHOU O ANO PASSADO EM SEIS E MEIO POR CENTO, NO LIMITE DA META. 

LOC: A OPOSIÇÃO ATRIBUI O RESULTADO AO AUMENTO DE GASTOS PÚBLICOS, ENQUANTO O GOVERNO AFIRMA QUE O ÍNDICE JÁ ERA ESPERADO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. 

(REPÓRTER): Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, a inflação do ano passado foi de 6,5%. A taxa corresponde ao limite máximo da meta, estimada no centro em 4,5% pela equipe econômica. O Índice de Preço Amplo ao Consumidor, o IPCA, revela que o valor dos alimentos contribuiu para a alta da inflação em 2011, assim como o item transportes, que passou de 2,41 para 6,05% em 2011. O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que o resultado já era esperado e destacou a redução de 7,3 para 6,5% na taxa final. Ele acredita que em 2012, a inflação vai voltar ao centro da meta, que é de 4,5%. O senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, afirmou que o índice é razoável diante do cenário internacional de crise financeira. Mas na avaliação dele, a equipe econômica deve ficar atenta para reduzir a taxa, que incide sob os demais preços da economia. 

(ARMANDO MONTEIRO) É preciso estar atento num país como o Brasil que tem mecanismos de indexação, que em última instância realimentam a inflação. Mas não podemos nos acomodar. É preciso perseguir permanentemente uma meta de inflação que seja mais baixa. 

(REPÓRTER): Para o presidente do Democratas, senador José Agripino Maia, do Rio Grande do Norte, a responsabilidade pela inflação fechar no teto da meta é do próprio governo, que aumentou os gastos públicos. 

(JOSÉ AGRIPINO) Tudo em função da gastança de 2010, que produziu uma retomada da inflação em 2011, que já deu o número que deu e não foi maior por conta das providências que o governo tomou com a elevação da taxa de juros, principalmente, com a diminuição do ritmo de crescimento e a conseqüente diminuição da oferta de emprego para os brasileiros.  

(REPÓRTER) Todos os demais itens que compõem a taxa de inflação, como habitação, vestuário, saúde, educação, comunicação e despesas pessoais registraram alta acima de 1,5 ponto percentual em 2011.
06/01/2012, 11h58 - ATUALIZADO EM 06/01/2012, 11h58
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