Executivo veta projeto que restabelecia antigo fuso horário — Rádio Senado

Executivo veta projeto que restabelecia antigo fuso horário

LOC: O PROJETO QUE RESTABELECIA O ANTIGO FUSO HORÁRIO DO ACRE FOI VETADO NA ÍNTEGRA PELA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
 
LOC: DOIS SENADORES DO ESTADO TÊM VISÕES DIFERENTES: SÉRGIO PETECÃO QUER A DERRUBADA DO VETO, E ANÍBAL DINIZ DEFENDE A DECISÃO PRESIDENCIAL. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:
 
(REPÓRTER) O Congresso havia aprovado no início de dezembro e encaminhado para a sanção presidencial, o projeto que previa a volta do horário oficial do Acre que vigorou entre 1913 e 2008, de menos duas horas em relação a Brasília. Mas o vice Michel Temer, no exercício da Presidência da República, vetou o projeto na íntegra, e assim o fuso do estado continua sendo de menos uma hora em relação ao horário de Brasília. A decisão, publicada no Diário Oficial desta quarta-feira, desagradou ao senador Sérgio Petecão, do PSD acriano.
 
(PETECÃO) Eu recebo essa notícia com muita tristeza, mas eu vou trabalhar aqui no Senado e na Câmara Federal para que nós possamos derrubar o veto. Eu, sinceramente, lamento muito, mas fazer o quê, né? Vamos agora trabalhar com os instrumentos que nós temos.
 
(REPÓRTER) O veto presidencial tem o apoio de outro senador do Acre, Aníbal Diniz, do PT. Ele explicou que o projeto também faria alterações no fuso de partes dos estados do Amazonas e do Pará, mas só a população do Acre foi consultada sobre a mudança. Em outubro de 2010, a maioria dos eleitores do estado decidiu, num referendo, pelo horário antigo.

(ANÍBAL) Na medida em que o referendo realizado no Acre não levou em conta os estados do Amazonas e do Pará, e representações políticas desses estados fizeram pressão para que não houvesse o acatamento do projeto de lei, tomou a atitude correta, atitude de que quem está tendo um olhar para o Brasil na sua integralidade.
 
(REPÓRTER) A volta do antigo fuso horário do Acre depende agora da apresentação de um novo projeto de lei ou da derrubada do veto presidencial. Nesse último caso, o Congresso deve analisar o assunto em sessão conjunta, e o veto precisa ser rejeitado, em votação secreta, pela maioria absoluta das duas casas: no mínimo 41 senadores e 257 deputados.
21/12/2011, 00h06 - ATUALIZADO EM 21/12/2011, 00h06
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