Mário Negromonte nega qualquer envolvimento em denúncias — Rádio Senado

Mário Negromonte nega qualquer envolvimento em denúncias

LOC: O MINISTRO DAS CIDADES, MÁRIO NEGROMONTE, NEGOU NO SENADO QUALQUER ENVOLVIMENTO EM DENÚNCIAS DIVULGADAS PELA IMPRENSA. 

LOC: ENTRE ELAS, A DE QUE SUBORDINADOS TERIAM ALTERADO DE FORMA IRREGULAR CONTRATOS DE OBRA DA COPA DO MUNDO EM CUIABÁ, E A DE QUE TERIA FINANCIADO EVENTO PARA PROMOÇÃO PESSOAL. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

(REPÓRTER): Bem humorado, Mário Negromonte explicou por que o seu nome apareceu na divulgação de um evento supostamente financiado por empresas públicas. 

(MÁRIO NEGROMONTE) Se fosse festa da uva ou da maça certamente não estava publicado em uma revista de importância do Brasil. Mas como foi a festa do bode... 

(ALVARO DIAS) O bode deu notoriedade. E acabou dando bode, ministro. 

(MÁRIO NEGROMONTE) Acabou dando... não deu não, eu vou explicar a vossa excelência que não deu. O senhor já comeu bode, senador? Já comeu bode? É gostoso (risos) Bode com farinha. Mas o... esse cidadão chama Delmiro do Bode, ele é presidente de uma cooperativa lá em Paulo Afonso. Ele se retratou num documento pedindo desculpas à Chesf, à Petrobras, que ninguém autorizou ele a colocar o nome. 

(REPÓRTER): Além da festa do bode, o senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, questionou o ministro das Cidades sobre a denúncia de fraude para alterar projeto de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá. Uma nota técnica teria sido forjada pela diretora de Mobilidade Urbana do ministério, Luiza Gomide, adulterando parecer contrário à troca de uma linha rápida de ônibus por um Veículo Leve Sobre Trilhos, VLT, mudança que aumentaria os custos da obra em 700 milhões de reais.

(ALVARO DIAS) Isso é uma fraude, é uma fraude documentada. Uma esperteza de substituir uma nota técnica colocando a mesma data na mesma página com o mesmo número. Se fosse algo insuspeito, certamente se faria uma nova nota técnica, com a data correta, com a página correta, com o número correto. 

(REPÓRTER): Mário Negromonte disse que instaurou uma sindicância e que o caso foi enviado para a Controladoria Geral da União; e que se for comprovado o erro, os responsáveis serão punidos. Ele negou ainda que o ministério tenha liberado recursos para obras bloqueadas pelo Tribunal de Contas da União, e atribuiu a uma disputa interna do partido denúncia de que políticos do PP estariam recebendo mesada de 30 mil reais em troca de apoio político.
08/12/2011, 00h29 - ATUALIZADO EM 08/12/2011, 00h29
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