Chevron pode voltar a ser multada em até R$ 60 milhões, diz Ibama — Rádio Senado

Chevron pode voltar a ser multada em até R$ 60 milhões, diz Ibama

LOC: O IBAMA PODE APLICAR NOVAS MULTAS DE ATÉ 60 MILHÕES DE REAIS À EMPRESA CHÉVRON, RESPONSÁVEL PELO VAZAMENTO DE ÓLEO NA BACIA DE CAMPOS, NO RIO DE JANEIRO.
 
LOC: O ANÚNCIO FOI FEITO NESTA TERÇA-FEIRA DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NAS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE E MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS. AUTORIDADES E ESPECIALISTAS DEFENDERAM MULTAS MAIS ALTAS PARA CRIMES AMBIENTAIS. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
 
O presidente do Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Renováveis, Curt Trennepohl, anunciou que o Ibama pode aplicar duas novas multas de até 60 milhões de reais à empresa norte-americana Chevrom pelo vazamento de óleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Segundo Curt, as sanções podem chegar a 110 milhões de reais, já que a petrolífera foi autuada em 50 milhões de reais pelo acidente.
 
(Curt) Daqui há dois dias se concluirá a análise sobre se a empresa cumpriu ou não o plano de emergência conforme licenciado. Hipótese em que não tendo cumprido será atuado novamente no limite de 10 milhões de reais. E está em estudo a hipótese de aplicar mais uma multa de 50 milhões de reais por danos ambientais. Esse valor como indenização, como compensação pelos danos causados é irrisório.
 
(Repórter) Durante o debate, as autoridades convidadas defenderam uma revisão no valor das multas e alertaram que as empresas costumam recorrer na justiça para não pagar as sanções. Além disso, o dinheiro arrecadado não é destinado para recuperar os danos ambientais. O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, cobrou a elaboração de um plano nacional de contingência, para prevenir e atuar em casos de grandes vazamentos. Rollemberg disse que as multas são muito baixas.
 
(Rollemberg) Será que as multas estabelecidas na legislação brasileiras são suficientes para acidentes que causam danos de tal magnitude. No ano passado, quando tivemos acidente no golfo do México, envolvendo a BP, as multas chegaram a 20 bilhões de dólares. No Brasil, a multa maior individualmente é de 50 milhões de reais.
 
(Repórter) O diretor da Chevron, Luiz Alberto Pimenta, negou que houve negligência e alegou que as operações da empresa seguem a legislação brasileira e os padrões internacionais de segurança. O Ministério Público Federal anunciou a abertura de três inquéritos para apurar os danos ambientais e possíveis falhas de fiscalização no acidente. A Agência Nacional de Petróleo alegou que não é possível acompanhar todas as perfurações de petróleo feitas no litoral, já que a cada dia são abertos, em média, três novos poços. A ANP comunicou que deve divulgar em até três meses os resultados de uma investigação para indicar os responsáveis pelo vazamento na Bacia de Campos.
29/11/2011, 01h01 - ATUALIZADO EM 29/11/2011, 01h01
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