Senado presta homenagem ao Dia da Consciência Negra
LOC: O PLENÁRIO DO SENADO PRESTOU UMA HOMENAGEM, NA MANHÃ DESTA SEGUNDA-FEIRA, AO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.
LOC: O PRINCIPAL FOCO DOS DEBATES FOI O RETRATO DA DESIGUALDADE RACIAL MOSTRADO NO CENSO 2010 DO IBGE, DIVULGADO NA SEMANA PASSADA.
LOC: SENADORES APONTARAM MECANISMOS PARA MELHORAR ESSE QUADRO, COMO A IMPLEMENTAÇÃO DE COTAS EM UNIVERSIDADES E UM FUNDO DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(REPÓRTER): O censo 2010 do IBGE revelou um Brasil desigual em relação à raça; a média salarial das pessoas brancas é quase duas vezes maior da das pessoas negras. Foi o que lembraram senadores em sessão especial pelo Dia Nacional da Consciência Negra – 20 de novembro – e pelo ano internacional dos afrodescendentes. O senador Aníbal Diniz, do PT do Acre, um dos autores do pedido de sessão, falou sobre o censo do IBGE.
(ANÍBAL DINIZ): Os rendimentos médios mensais dos brancos são em torno de mil e 500 reais, aproximando-se do dobro do valor recebido pelos negros, que é em média 800 reais. Em relação à educação, o quadro não é diferente. Enquanto entre os negros de 15 anos de idade ou mais a taxa de analfabetismo é de 14,4%, entre os brancos essa taxa é de em torno de 6%.
(REPÓRTER): Os senadores apontaram mecanismos para ajudar a reduzir a desigualdade e a exclusão social, principalmente dos negros. Entre eles, a implementação integral de cotas nas universidades brasileiras, como defendeu Lídice da Mata, senadora pelo PSB da Bahia.
(LÍDICE DA MATA): Só nas universidades públicas, temos mais de 110 mil estudantes cotistas. Se juntarmos a esses, os que entram pelo ProUni nas instituições privadas, chegaremos a mais de 400 mil estudantes afrobrasileiros no ensino superior. Isso é maior que todos os estudantes negros que passaram pelas universidades no Brasil de 1808 a 2001. Inegavelmente é um fato a ser comemorado, embora ainda tenhamos resistência dos racistas de plantão. (Repórter) Paulo Paim, do PT gaúcho, disse que é importante lembrar os avanços conseguidos até agora, mas que o momento também é de cobrar justiça social.
(PAULO PAIM): Justiça é olhar a histórica situação de abandono do povo negro após a escravidão. Justiça é o Congresso Nacional aprovar o projeto de lei que institui 50% das reservas de vagas para estudantes da rede pública, sendo um percentual para brancos pobres, negros e indígenas. Justiça Justiça é aprovar a PEC nº 2, que cria o Fundo da Promoção da Igualdade Racial.
(REPÓRTER): Durante a sessão, também foram homenageados o ex-senador Abdias do Nascimento e a Fundação Cultural Palmares; e foi comemorado o primeiro ano de vigência do Estatuto da Igualdade Racial.
LOC: O PRINCIPAL FOCO DOS DEBATES FOI O RETRATO DA DESIGUALDADE RACIAL MOSTRADO NO CENSO 2010 DO IBGE, DIVULGADO NA SEMANA PASSADA.
LOC: SENADORES APONTARAM MECANISMOS PARA MELHORAR ESSE QUADRO, COMO A IMPLEMENTAÇÃO DE COTAS EM UNIVERSIDADES E UM FUNDO DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(REPÓRTER): O censo 2010 do IBGE revelou um Brasil desigual em relação à raça; a média salarial das pessoas brancas é quase duas vezes maior da das pessoas negras. Foi o que lembraram senadores em sessão especial pelo Dia Nacional da Consciência Negra – 20 de novembro – e pelo ano internacional dos afrodescendentes. O senador Aníbal Diniz, do PT do Acre, um dos autores do pedido de sessão, falou sobre o censo do IBGE.
(ANÍBAL DINIZ): Os rendimentos médios mensais dos brancos são em torno de mil e 500 reais, aproximando-se do dobro do valor recebido pelos negros, que é em média 800 reais. Em relação à educação, o quadro não é diferente. Enquanto entre os negros de 15 anos de idade ou mais a taxa de analfabetismo é de 14,4%, entre os brancos essa taxa é de em torno de 6%.
(REPÓRTER): Os senadores apontaram mecanismos para ajudar a reduzir a desigualdade e a exclusão social, principalmente dos negros. Entre eles, a implementação integral de cotas nas universidades brasileiras, como defendeu Lídice da Mata, senadora pelo PSB da Bahia.
(LÍDICE DA MATA): Só nas universidades públicas, temos mais de 110 mil estudantes cotistas. Se juntarmos a esses, os que entram pelo ProUni nas instituições privadas, chegaremos a mais de 400 mil estudantes afrobrasileiros no ensino superior. Isso é maior que todos os estudantes negros que passaram pelas universidades no Brasil de 1808 a 2001. Inegavelmente é um fato a ser comemorado, embora ainda tenhamos resistência dos racistas de plantão. (Repórter) Paulo Paim, do PT gaúcho, disse que é importante lembrar os avanços conseguidos até agora, mas que o momento também é de cobrar justiça social.
(PAULO PAIM): Justiça é olhar a histórica situação de abandono do povo negro após a escravidão. Justiça é o Congresso Nacional aprovar o projeto de lei que institui 50% das reservas de vagas para estudantes da rede pública, sendo um percentual para brancos pobres, negros e indígenas. Justiça Justiça é aprovar a PEC nº 2, que cria o Fundo da Promoção da Igualdade Racial.
(REPÓRTER): Durante a sessão, também foram homenageados o ex-senador Abdias do Nascimento e a Fundação Cultural Palmares; e foi comemorado o primeiro ano de vigência do Estatuto da Igualdade Racial.
