Comissão debate importância de se investir no biodiesel — Rádio Senado

Comissão debate importância de se investir no biodiesel

LOC: O BIOCOMBUSTÍVEL BRASILEIRO SUPEROU AS EXPECTATIVAS, MAS PRECISA DE MAIS INCENTIVOS E DE UMA PRODUÇÃO DESCENTRALIZADA.  

LOC: A CONCLUSÃO É DO PRESIDENTE DA PETROBRAS BIODIESEL QUE PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO NESTA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER NILO BAIRROS:  

(REPÓRTER): Miguel Rossetto foi convidado para falar sobre os investimentos da empresa no país, especialmente no Nordeste, região rica em plantas que podem ser usadas na produção desse tipo de combustível não poluente. O presidente da Petrobras Biodiesel, criada em 2008 - e que pulou de pouco mais de um bilhão para três bilhões de litros produzidos ao ano - explicou que a empresa é um caso de sucesso. Hoje, o Brasil está entre os três maiores produtores e é o maior consumidor mundial de biodiesel. Entre os desafios para crescer ainda mais, Miguel Rossetto destacou que o setor precisa conquistar novos mercados, como o transporte naval. Ele também trabalha para atualizar os incentivos fiscais nas regiões com menor desenvolvimento agrícola e social. E é aí que entra o Nordeste e a agricultura familiar no semi-árido, que, segundo Rossetto, deve ser a grande fornecedora de matéria- prima para o biocombustível. A autora do pedido de audiência, senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, comemorou essa possibilidade: 

(LÍDICE DA MATA): Realmente surge como um dos grandes vetores de desenvolvimento do semi-árido nordestino, na produção da mamona, do dendê, que hoje na Bahia era quase extrativista, que nós pudéssemos desenvolver em toda a região do nordeste, principalmente no semi-árido. 

(REPÓRTER): até o ano passado, a empresa contabilizava 100 mil agricultores familiares integrantes do programa, mas o próprio Miguel Rossetto admite que a produção e a renda gerada ainda são insatisfatórias. Por isso, ele reivindica para o biodiesel tratamento semelhante ao que o país tem dado ao pré-sal. Miguel Rossetto comparou as duas riquezas e concluiu: 

(MIGUEL ROSSETTO): Se nós somarmos a energia que temos na energia hidráulica, eólica, na biomassa, todas as renováveis, nós teremos uma capacidade de produção à altura do pré-sal. Portanto, nós temos que desenvolver um programa gêmeo do programa pré-sal, para desenvolvermos, positivamente, a exemplo do pré-sal, toda essa nova matriz energética brasileira. 

(REPÓRTER): Além do incentivo maior à produção e à exportação, Miguel Rossetto defende o aumento do percentual de biodiesel misturado ao óleo diesel, que hoje é de cinco por cento.
09/11/2011, 07h19 - ATUALIZADO EM 09/11/2011, 07h19
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