Comissão debate vigilância das fronteiras e papel das Forças Armadas — Rádio Senado

Comissão debate vigilância das fronteiras e papel das Forças Armadas

LOC: O BRASIL TEM FACILIDADE DE INTEGRAÇÃO COM OUTROS PAÍSES, MAS PRECISA REAPARELHAR SUAS FORÇAS ARMADAS PARA REDUZIR RISCOS.

LOC: ESSA É UMA DAS CONCLUSÕES DO DEBATE SOBRE A VIGILÂNCIA DAS FRONTEIRAS, REALIZADA NESTA SEGUNDA-FEIRA PELA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. MAIS INFORMAÇÕES, COM O REPÓRTER NILO BAIRROS.

(REPÓRTER): As fronteiras ao sul do Brasil estão mais protegidas por causa da densidade populacional. A dificuldade maior está na fronteira norte, que além de pouco habitada possui muitos trechos molhados. Em quase mil rios que cortam a Amazônia há tráfego ilegal de pessoas e de produtos. Segundo o comandante militar da Amazônia, general do Exército Eduardo Villas Bôas, até guerrilheiros das Farc, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, trafegam por ali, informação que foi confirmada por outro convidado, o jornalista Marcelo Rech, editor do site Inforel, especializado em relações exteriores. O Exército desenvolve programas de proteção, mas carece de estrutura, situação que, segundo o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, Ricardo Vélez, pode ser agravada, em razão de cortes orçamentários na pasta. Entre os riscos, de acordo com os participantes do debate, está o avanço da plantação de cocaína na Amazônia. Por outro lado, o Brasil alimenta boas relações com seus vizinhos e, nas regiões de fronteira, é conhecida a ação do Exército em favor da integração. Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, essa é uma grande vantagem verde-amarela. Mas a aposta do senador está em dois programas recém lançados pelo governo. Um deles é o que pretende reaparelhar Exército, Marinha e Aeronáutica, inclusive com o desenvolvimento da tecnologia nacional. Fernando Collor explicou o objetivo do outro programa:
(FERNANDO COLLOR) Plano estratégico de fronteiras, também lançado pela presidenta da república, que estabelece pela primeira vez a união de dois ministérios, o da Defesa e o da Justiça, com a união de todas as suas forças e organismos para melhor trabalharem nas nossas fronteiras.
(REPÓRTER): Fernando Collor também elogiou a criação, pelo Exército, de mais 28 batalhões de patrulha para cuidar da fronteira com dez países. Outro ponto favorável, de acordo com o chefe do Departamento do Itamaraty para a América do Sul, o ministro Clemente Baena Soares, é a parceria com os estados fronteiriços. O diplomata lembrou que o Ministério tem contado com a ajuda desses governadores para levar à frente projetos de defesa nacional.
24/10/2011, 08h51 - ATUALIZADO EM 24/10/2011, 08h51
Duração de áudio: 02:25
Ao vivo
00:0000:00