Subcomissão debate cotas para negros no mercado de trabalho
LOC: A SUBCOMISSÃO PERMANENTE EM DEFESA DO EMPREGO E DA PREVIDÊNCIA SOCIAL PROMOVEU, NESTA SEGUNDA-FEIRA, UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATER AS COTAS PARA NEGROS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TÉC: A Subcomissão em Defesa do Emprego e da Previdência Social, que faz parte da Comissão de Assuntos Sociais, ouviu representantes do Ministério Público, de ongs, da Defensoria Pública e do Comércio sobre a questão da inclusão de mulheres e negros no mercado de trabalho. O Defensor Público do Rio de Janeiro, Nilson Bruno Filho, destacou que trabalha em ambiente predominantemente branco. E que se houvesse cotas na época em que prestou concurso, talvez outros negros, além dele, tivessem se animado a disputar as vagas. A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Andrea Nice Silveira Lina Lopes, levantou outro aspecto, o de que as cotas, sem a capacitação, não funcionam. Ela lembrou que as vagas reservadas às pessoas com deficiência nos concursos para seu órgão não costumam ser preenchidas. Cristovam Buarque, senador do PDT do Distrito Federal, lamentou que muitos não consigam nem disputar uma vaga como cotista por sequer serem alfabetizados. É uma vergonha, de acordo com Cristovam, que o Brasil, terra de Paulo Freire, símbolo mundial de combate ao analfabetismo, e que faria 90 anos nesta segunda-feira, seja um dos países com mais analfabetos do mundo.
(CRISTOVAM) é triste dizer, mas quando Paulo Freire dirigiu o programa de analfabetismo no governo João Goulart, o número de analfabetos era menor de que hoje. Caiu a taxa, mas com o crescimento da população hoje tem mais analfabetos do que há 50 anos atrás. Isso é uma vergonha tão grave quanto termos uma elite branca num país plurirracial.
(REPÓRTER): Cristovam pediu que haja um engajamento de toda a sociedade, inclusive dos movimentos que pedem as cotas, para a erradicação do analfabetismo no País.
TÉC: A Subcomissão em Defesa do Emprego e da Previdência Social, que faz parte da Comissão de Assuntos Sociais, ouviu representantes do Ministério Público, de ongs, da Defensoria Pública e do Comércio sobre a questão da inclusão de mulheres e negros no mercado de trabalho. O Defensor Público do Rio de Janeiro, Nilson Bruno Filho, destacou que trabalha em ambiente predominantemente branco. E que se houvesse cotas na época em que prestou concurso, talvez outros negros, além dele, tivessem se animado a disputar as vagas. A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Andrea Nice Silveira Lina Lopes, levantou outro aspecto, o de que as cotas, sem a capacitação, não funcionam. Ela lembrou que as vagas reservadas às pessoas com deficiência nos concursos para seu órgão não costumam ser preenchidas. Cristovam Buarque, senador do PDT do Distrito Federal, lamentou que muitos não consigam nem disputar uma vaga como cotista por sequer serem alfabetizados. É uma vergonha, de acordo com Cristovam, que o Brasil, terra de Paulo Freire, símbolo mundial de combate ao analfabetismo, e que faria 90 anos nesta segunda-feira, seja um dos países com mais analfabetos do mundo.
(CRISTOVAM) é triste dizer, mas quando Paulo Freire dirigiu o programa de analfabetismo no governo João Goulart, o número de analfabetos era menor de que hoje. Caiu a taxa, mas com o crescimento da população hoje tem mais analfabetos do que há 50 anos atrás. Isso é uma vergonha tão grave quanto termos uma elite branca num país plurirracial.
(REPÓRTER): Cristovam pediu que haja um engajamento de toda a sociedade, inclusive dos movimentos que pedem as cotas, para a erradicação do analfabetismo no País.
