Comissões discutem combate à doença falciforme — Rádio Senado

Comissões discutem combate à doença falciforme

LOC: TRÊS MIL CRIANÇAS A CADA ANO NASCEM COM A DOENÇA FALCIFORME, MAS O PAÍS NÃO ESTÁ PREPARADO PARA ATENDÊ-LAS E TRATÁ-LAS. 

LOC: O ASSUNTO FOI DEBATIDO NA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA POR DUAS COMISSÕES DO SENADO. O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO ACOMPANHOU A AUDIÊNCIA E TEM OS DETALHES. 

TÉC: Se esta doença não for diagnosticada e para além disso cuidada da forma devida, nós teremos um número significativo de crianças que morrerão com no máximo cinco anos de idade. (Repórter) O alerta sobre a doença falciforme, da representante da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial Anhamona de Brito, foi passado aos senadores das comissões de Assuntos Sociais e de Direitos Humanos e Legislação Participativa. O cenário foi confirmado pela representante do Ministério da Saúde, Joice Aragão. Segundo ela, uma a cada mil crianças nascidas no Brasil a cada ano tem a doença, e sem o tratamento, 80% delas morrem precocemente. Com o tratamento, a expectativa média de vida é de 45 anos. A condição é hereditária, resultado de uma mutação genética que modifica os glóbulos vermelhos. Eles perdem a forma arredondada e adquirem o formato de uma foice, daí o nome ¿doença falciforme¿. A incidência é maior na população negra, mas qualquer pessoa pode nascer com a doença ou ter o chamado traço falciforme, que significa ser portador do gene sem manifestar sintomas. No Brasil, a anemia passou a ser diagnosticada em 1910. Mesmo assim, disse Altair Lira, da Federação Nacional das Associações de Doenças Falciformes, o atendimento é precário. (Altair) Todos os estudos da genética, da hematologia, tem a doença falciforme como base, ela é uma doença que estruturou a base científica, mas ela não estruturou a assistência. (Repórter) O senador Eduardo Amorim, do PSC de Sergipe, que é médico, sugeriu o uso dos agentes de saúde para ajudar a fazer o diagnóstico em todo o País a tempo de tratar a enfermidade. (Eduardo Amorim) Os agentes de saúde têm que ir de lar em lar no mínimo uma um duas vezes por semana. Porque não incluir nos agentes de saúde mais essa tarefa, mais essa missão? É só dar um palmtiop, que hoje nada mais é que um celular, na mão de cada um, treinar pra isso. (Repórter) O estado com maior número de casos de doença falciforme é a Bahia, seguido do Rio de Janeiro.
24/08/2011, 01h22 - ATUALIZADO EM 24/08/2011, 01h22
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