Líderes do PSDB e PT avaliam vetos da presidente Dilma à LDO
LOC: O LÍDER DO PSDB, SENADOR ÁLVARO DIAS, CRITICOU OS VETOS FEITOS PELA PRESIDENTE DILMA ROUSSEF À LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS, SANCIONADA NESTA SEGUNDA-FEIRA.
LOC: MAS PARA O LÍDER DO PT, SENADOR HUMBERTO COSTA, OS VETOS FORAM NECESSÁRIOS EM RAZÃO DA CRISE ECONÔMICA INTERNACIONAL. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias define as regras para o orçamento federal do ano seguinte. Cerca de 30 itens que estavam no projeto aprovado este ano pelo Congresso Nacional foram vetados pela presidente da República. Entre eles está o dispositivo que previa um reajuste acima da inflação para as aposentadorias e pensões. Também foi vetado o limite de 0,87% sobre o Produto Interno Bruto para o déficit nominal da dívida publica, ou seja, a diferença entre todas as receitas e despesas federais. O senador Álvaro Dias, do Paraná, líder do PSDB, criticou os vetos feitos por Dilma Roussef à LDO. (ALVARO) Quanto aos aposentados é um veto que contraria o interesse público numa faixa mais sofrida da população. E um outro veto importante foi uma proposta do PSDB, que pretendia conferir maior transparência no repasse de recursos ao BNDES, mediante a emissão de títulos públicos, na contramão da proposta de transparência que se exige principalmente quando o BNDES tem sido acusado de aplicar os recursos equivocadamente. (Celso) Porém o líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, avalia que os vetos à LDO foram necessários, num momento em que o governo precisa evitar que a crise financeira internacional atinja o país. (HUMBERTO) Com certeza, a preocupação do governo com essa situação de crise econômica mundial que pode ameaçar nosso país justifica essas decisões, muito embora algumas delas já desde o início da discussão na comissão mista de orçamento o governo já vinha sinalizando que não seria possível viabilizar. (Celso) Ao sancionar a LDO de 2012, a presidente Dilma Roussef também vetou o item que estabelecia uma reserva de 10% sobre os chamados restos a pagar. A justificativa foi que esse dispositivo iria beneficiar alguns órgãos com maior volume de recursos considerados restos a pagar, porém prejudicaria outros órgãos públicos com menos recursos.