Produtores reivindicam ao governo mais apoio para exportação

LOC: O GOVERNO DIZ QUE É MUITO DIFÍCIL MUDAR OS ACORDOS DO MERCOSUL NA AGRICULTURA. LOC: OS PRODUTORES RECLAMARAM DO DÉFICIT DURANTE DISCUSSÃO NO SENADO, NESTA QUINTA-FEIRA. CONFIRA MAIS INFORMAÇÕES NESTA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA. O Mercosul tem sido no geral um bom negócio para o Brasil. Só no ano passado o superávit com o Bloco atingiu 9 bilhões e 420 milhões de reais. Mas nem todos os setores se sentem ganhando, e o que mais tem reclamado é a agricultura. Isso porque no ano passado o déficit com os vizinhos alcançou 5 bilhões e 134 milhões de reais. Por isso a Comissão de Agricultura reuniu os produtores das cadeias da carne, do leite, do vinho, do suco, do arroz e do trigo para discutirem o assunto com representantes do Governo. E o assessor do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Marteleto, prometeu apoio do Governo, mas foi sincero e disse que não é fácil alterar os acordos de integração no âmbito do Mercosul. (DANIEL MARTELETO): Eu preciso passar com muita honestidade e transparência aos senhores a dificuldade de uma revisão dos acordos firmados no âmbito do Mercosul. Isto não quer dizer que não tenhamos tentado, algumas tentativas foram feitas, algumas com êxito, outras não. (REP): A senadora Ana Amélia do PP do Rio Grande do Sul lembra que a agricultura do sul do Brasil é a que mais tem sofrido com a concorrência. Ela disse que os governos da Argentina e do Uruguai praticam subsídios e cobrou medidas mais efetivas do Governo brasileiro. (ANA AMELIA): Nem o trigo, nem o leite, nem a carne, nem o vinho tem uma política permanente de apoio como tem a Europa por exemplo. E a própria Argentina e o Uruguai quando houve a seca concedeu. Porque que o Brasil não autoriza a importação de insumos agrícolas como fertilizantes, como defensivos e outros? Porque que o governo brasileiro não faz isto para tentar baratear a produção? (REP): Uma pauta de reivindicações de todos os setores foi entregue aos assessores do Ministério do Desenvolvimento, e ficou acertado para o dia 18 uma nova reunião, desta vez na sede do Ministério. O Governo prometeu estudar medidas de desoneração fiscal e também ações de facilitação da exportação, dentro do programa ¿Brasil Maior¿.