Crise de endividamento dos EUA não atingirá Brasil de imediato, crê senador — Rádio Senado

Crise de endividamento dos EUA não atingirá Brasil de imediato, crê senador

LOC: SENADOR AVALIA QUE A CRISE DE ENDIVIDAMENTO DOS ESTADOS UNIDOS NÃO VAI ATINGIR A ECONOMIA BRASILEIRA DE IMEDIATO. 

LOC: O GOVERNO NORTE-AMERICANO BUSCA UMA SOLUÇÃO PARA EVITAR O CALOTE INTERNACIONAL, A PARTIR DESTA TERÇA-FEIRA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.

TÉC:O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu autorização do Congresso norte-americano para cortar dois trilhões e 400 bilhões de dólares em gastos e elevar o limite das despesas públicas em 2 trilhões, para 16 trilhões e 300 bilhões de dólares. Sem esse acordo com os parlamentares norte-americanos, os Estados Unidos decretariam moratória, ou seja, deixariam de pagar suas dívidas. Entre os países mais atingidos por um eventual calote dos Estados Unidos está a China, um grande importador de produtos brasileiros. O senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, disse esperar uma solução imediata para a crise dos Estados Unidos, mas ponderou que o Brasil está em condições de enfrentar as turbulências norte-americanas. (Armando1) O Brasil está razoavelmente blindado aos efeitos desse processo m curtíssimo prazo. Mas os reflexos que isso poderá trazer nos fluxos financeiros e de comércio não são mensuráveis de forma clara. Portanto, é preciso ter uma posição de cautela. REP: No entanto, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, do Paraná, avalia que a blindagem da economia brasileira não vai se sustentar se a crise norte-americana durar muito tempo. (Álvaro1) Temos que aqui sim torcer para que as coisas lá se arrumem porque é inevitável o reflexo. Uma grande potência como os Estados Unidos quando está em crise certamente faz com que essa crise extrapole as suas fronteiras. REP: Armando Monteiro avaliou que a dificuldade de Obama em aprovar as mudanças está na disputa política acirrada nas últimas semanas entre democratas e republicanos. (Armando2) Não há dúvida que a disputa política nos Estados Unidos está instalada e esta queda de braço está causando prejuízos incalculáveis ao país. É sempre bom que os brasileiros lembrem que apesar de todas as nossas mazelas, o nosso sistema político responde por todas as necessidades do país. REP: O líder do PSDB ironizou ao afirmar que se Obama fosse brasileiro, teria se valido de sua maioria no Parlamento para aprovar uma medida provisória. (Álvaro 2) Aqui o governo não teria nenhuma dificuldade. Mandaria uma medida provisória no ato que já entraria em vigor. Depois, tratando o Congresso como almoxarifado obrigaria o Congresso a avalizar sua imposição. REP: Ao contrário dos Estados Unidos, o Brasil não tem um limite para sua dívida pública, que somou um trilhão e 800 bilhões de reais em junho. A Lei de Responsabilidade Fiscal impôs um teto de endividamento, mas ele vale apenas para estados e municípios.
01/08/2011, 01h36 - ATUALIZADO EM 01/08/2011, 01h36
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