Ministra Izabella Teixeira pede que Senado mude texto aprovado na Câmara
LOC: A MINISTRA DO MEIO AMBIENTE PEDIU NESTA QUINTA-FEIRA QUE O SENADO MUDE O TEXTO DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL APROVADO PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
LOC: EM REUNIÃO CONJUNTA DAS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE E DE AGRICULTURA, IZABELLA TEIXEIRA, CHAMOU DE INACEITÁVEL O FIM DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO PERMANENTE NAS PROPRIEDADES RURAIS. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:
TÉC: A audiência pública conjunta marcou o início oficial, no Senado, dos debates sobre o projeto do novo Código Florestal, que chegou à Casa no começo de junho. Na abertura da reunião, o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, disse o que espera da discussão da proposta no Senado. (ROLLEMBERG ¿ 16¿) Nossa expectativa de construção de um grande entendimento que possa oferecer a este país um código moderno, que dê tranquilidade, que dê segurança jurídica aos nossos produtores rurais, mas que possa também garantir sustentabilidade ambiental. (REPÓRTER) Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o que vem atrapalhando o debate do novo Código Florestal é o que ela chamou de falso conflito entre agricultores e ambientalistas. (IZABELLA) Não coloquem o meio ambiente conflitando com a agricultura, e a agricultura conflitando com o meio ambiente. Isso é falso! Isso é errado! Isso e extemporâneo e anacrônico. Nós temos que acabar com essa falsa dicotomia. Isso é uma bobagem que já foi feita neste país! (REPÓRTER) Izabella Teixeira disse que o governo tem uma visão estratégica: o País tem tudo para lucrar com a preservação dos recursos ambientais. E apesar de elogiar alguns pontos do projeto aprovado pelos deputados, a ministra pediu aos senadores que mudem partes do texto. (IZABELLA) A proposta enseja o fim das áreas de preservação permanente nas áreas rurais. Isso é inaceitável! (REPÓRTER) Outra deficiência do texto, segundo ela, é a falta de clareza nas punições para os agricultores que desmataram áreas de reserva legal nas propriedades rurais. (IZABELLA) Nós temos que reconhecer duas situações distintas: quem cumpriu a lei e quem não cumpriu a lei. Quem não cumpriu a lei tem que ter os caminhos para se regularizar. Agora, quem cumpriu a lei não pode ser colocado no mesmo patamar de quem não cumpriu. E o texto, em alguns momentos, sugere isso. (REPÓRTER) Izabella Teixeira acha que os deputados não tiveram condições de discutir com profundidade os pontos polêmicos do Código Florestal. Por isso, ela quer que o Senado ouça os setores que ficaram de fora do debate na Câmara. Presidente da Comissão de Agricultura, o senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, gostou do que ouviu da ministra do Meio Ambiente. (GURGACZ) Durante muito tempo nós todos, agricultores, fomos bombardeados pelos atores do meio ambiente, e Vossa Excelência coloca de uma maneira muito responsável e corajosa. (REPÓRTER) Para Acir Gurgacz, o Senado deverá aprovar o novo Código Florestal até outubro. Segundo ele, isso dará tempo para os deputados analisarem eventuais mudanças feitas pelos senadores. A matéria precisa ser aprovada pelo Congresso até 11 de dezembro, quando acaba a vigência do decreto que suspende a cobrança de multas aos agricultores que plantaram em áreas de preservação permanente até 2008.
LOC: EM REUNIÃO CONJUNTA DAS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE E DE AGRICULTURA, IZABELLA TEIXEIRA, CHAMOU DE INACEITÁVEL O FIM DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO PERMANENTE NAS PROPRIEDADES RURAIS. A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA:
TÉC: A audiência pública conjunta marcou o início oficial, no Senado, dos debates sobre o projeto do novo Código Florestal, que chegou à Casa no começo de junho. Na abertura da reunião, o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, disse o que espera da discussão da proposta no Senado. (ROLLEMBERG ¿ 16¿) Nossa expectativa de construção de um grande entendimento que possa oferecer a este país um código moderno, que dê tranquilidade, que dê segurança jurídica aos nossos produtores rurais, mas que possa também garantir sustentabilidade ambiental. (REPÓRTER) Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o que vem atrapalhando o debate do novo Código Florestal é o que ela chamou de falso conflito entre agricultores e ambientalistas. (IZABELLA) Não coloquem o meio ambiente conflitando com a agricultura, e a agricultura conflitando com o meio ambiente. Isso é falso! Isso é errado! Isso e extemporâneo e anacrônico. Nós temos que acabar com essa falsa dicotomia. Isso é uma bobagem que já foi feita neste país! (REPÓRTER) Izabella Teixeira disse que o governo tem uma visão estratégica: o País tem tudo para lucrar com a preservação dos recursos ambientais. E apesar de elogiar alguns pontos do projeto aprovado pelos deputados, a ministra pediu aos senadores que mudem partes do texto. (IZABELLA) A proposta enseja o fim das áreas de preservação permanente nas áreas rurais. Isso é inaceitável! (REPÓRTER) Outra deficiência do texto, segundo ela, é a falta de clareza nas punições para os agricultores que desmataram áreas de reserva legal nas propriedades rurais. (IZABELLA) Nós temos que reconhecer duas situações distintas: quem cumpriu a lei e quem não cumpriu a lei. Quem não cumpriu a lei tem que ter os caminhos para se regularizar. Agora, quem cumpriu a lei não pode ser colocado no mesmo patamar de quem não cumpriu. E o texto, em alguns momentos, sugere isso. (REPÓRTER) Izabella Teixeira acha que os deputados não tiveram condições de discutir com profundidade os pontos polêmicos do Código Florestal. Por isso, ela quer que o Senado ouça os setores que ficaram de fora do debate na Câmara. Presidente da Comissão de Agricultura, o senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, gostou do que ouviu da ministra do Meio Ambiente. (GURGACZ) Durante muito tempo nós todos, agricultores, fomos bombardeados pelos atores do meio ambiente, e Vossa Excelência coloca de uma maneira muito responsável e corajosa. (REPÓRTER) Para Acir Gurgacz, o Senado deverá aprovar o novo Código Florestal até outubro. Segundo ele, isso dará tempo para os deputados analisarem eventuais mudanças feitas pelos senadores. A matéria precisa ser aprovada pelo Congresso até 11 de dezembro, quando acaba a vigência do decreto que suspende a cobrança de multas aos agricultores que plantaram em áreas de preservação permanente até 2008.
