Comissão debate produção de alimentos e segurança alimentar
LOC: ¿"ALIMENTO: COMO PRODUZIR PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES?"
LOC: ESTE FOI O TEMA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PROVIDA NESTA QUINTA-FEIRA PELA SUBCOMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA ¿RIO MAIS VINTE¿, A CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI.
A Rio+20, que acontece no ano que vem no Rio de Janeiro, deve reunir mais de 100 chefes de estado para debater novos modelos de desenvolvimento econômico com preservação ambiental. Durante a audiência no Senado que discutiu a segurança alimentar, o diretor da Companhia Nacional de Abastecimento, Sílvio Porto, advertiu que em todo o mundo a demanda por alimentos tem crescido, e que nos últimos anos a subnutrição voltou a preocupar as autoridades. (SILVIO PORTO ¿ 12¿¿) Percentualmente a subnutrição estava diminuindo no mundo, só que ela volta a crescer, e passa novamente a ser uma das grandes preocupações, sempre faz parte do tema hoje que está colocado nas discussões dos diferentes fóruns em nível mundial. (Celso) Para Werner Fuchs, membro do Conselho de Segurança Alimentar do governo federal, a agricultura ecológica é o melhor caminho para evitar que falte alimento no mundo. (WERNER FUCHS¿ 12¿¿) Nós temos uma base legal hoje no Brasil para afirmar que para atender o direito humano a uma alimentação adequada e saudável é necessário ter uma matriz de produção orgânica ou agroecológica. (Celso) Porém André Nassar, diretor geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais, advertiu que só a agricultura ecológica não vai produzir todo o alimento demandado pela população. (ANDRE NASSAR ¿ 17¿¿) Produzir alimento implica na necessidade da combinação de vários modelos de produção. O modelo de agricultura industrial ou de agronegócio, ou o nome qualquer que a gente vai colocar, ele tem problemas, agora ele é sem dúvida parte da solução para se produzir mais comida. (Celso) O presidente da subcomissão de acompanhamento da Rio+20, senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, disse que os debates promovidos pelo colegiado vão permitir a elaboração de um documento a ser entregue ao governo, para subsidiar a participação brasileira na conferência da ONU.