Fórmula adotada pelo Brasil diminuiria conflitos árabes, diz Patriota — Rádio Senado

Fórmula adotada pelo Brasil diminuiria conflitos árabes, diz Patriota

LOC: UMA FÓRMULA JÁ ADOTADA PELO BRASIL PODE DIMINUIR A SITUAÇÃO DE CONFLITO NOS PAÍSES ÁRABES DO NORTE DA ÁFRICA E NO ORIENTE MÉDIO: A BUSCA DA PAZ, A OPORTUNIDADE DE PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO. 

LOC: FOI O QUE AFIRMOU O CHANCELER ANTONIO PATRIOTA, EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL DO SENADO NESTA QUARTA-FEIRA. A REPORTER NARA FERREIRA ACOMPANHOU A REUNIÃO E TEM AS INFORMAÇÕES.  

TÉC: O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o alastramento dos movimentos populares na Tunísia e no Egito não tiveram o mesmo efeito democratizante na Líbia. A situação é grave também na Síria e no Yemen. O chanceler afirmou que o Brasil se absteve na resolução da ONU que autorizou a intervenção internacional na Líbia por conta da introdução de medidas de proteção a civis que permitiriam uma ação militar difícil de controlar ¿ o que esta ocorrendo agora. Ele observou que a busca de um entendimento entre israelenses e palestinos também é essencial para uma solução de paz na região. Por isso, ressaltou, a importância de o governo brasileiro ter reconhecido a Palestina como Estado. Patriota afirmou que o Brasil já é visto por muitos países como um exemplo. (PATRIOTA) Essa é no fundo uma fórmula simples, mas a fórmula que precisa ser implementada no mundo árabe. Paz como função de oportunidade econômica, de oportunidade de participação em processos políticos, de maior liberdade de expressão. Acho que o Brasil até pelo exemplo que dá hoje em dia individualmente na sua região acaba sendo um modelo interessante. (REP) O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, observou o contraste entre o que ocorre em diferentes partes do mundo e a América do Sul. (COLLOR) Num momento em que o mundo atravessa turbulências importantes, o nosso subcontinente atravessa um período de calmaria e ao contrário do que acontece no restante do mundo até um período extremamente promissor. (REP) Sobre a política externa atual, Patriota disse que o relacionamento com os vizinhos sul-americanos continuará sendo prioridade. Ele lembrou que o Mercosul permitiu que as exportações do Brasil para o bloco passassem de 2 para 22 bilhões de dólares, com produtos de elevado valor agregado. Também citou como prioridades da política externa a interação de alto nível com países emergentes, a ampliação do comércio e o compromisso de se relacionar com países menores, que poderiam ficar excluídos dos grandes processos internacionais.
27/04/2011, 01h53 - ATUALIZADO EM 27/04/2011, 01h53
Duração de áudio: 02:12
Ao vivo
00:0000:00