Reajuste do valor pago ao Paraguai pela energia vai enfrentar resistências — Rádio Senado

Reajuste do valor pago ao Paraguai pela energia vai enfrentar resistências

LOC: O REAJUSTE DO VALOR PAGO PELO BRASIL AO PARAGUAI PELA ENERGIA ELÉTRICA DE ITAIPU VAI ENFRENTAR RESISTÊNCIAS NO SENADO.

LOC: ALÉM DA DISCUSSÃO SOBRE A NOVA TARIFA, SENADORES DISCORDAM DA FORMA COMO O ASSUNTO FOI ENCAMINHADO.
 
O reajuste do valor da energia excedente produzida em Itaipu não poderia ser discutido por meio de medida provisória. A opinião foi manifestada por alguns senadores depois da aprovação, pela Câmara dos Deputados, de MP que triplica o valor pago ao Paraguai pela energia excedente de Itaipu que é comprada pelo Brasil. A reação mostra que o governo vai enfrentar novamente no Senado o debate sobre o uso exagerado das medidas provisórias. O senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, adiantou sua posição: Agripino - Um assunto desses ser tratado por medida provisória é um acinte ao congresso. Esse assunto tem que ser debatido, discutido com a profundidade que um assunto de estado merece. Se esse assunto for de interesse de estado pode até ser aprovado, agora, em MP, dificilmente. Porque em medida provisória o debate não se estabelece e não esclarecimento dos fatos. Rep: A opinião de José Agripino não é isolada. Outros senadores também protestaram contra o uso de MP para aprovar um acordo entre países. Para Mozarildo Cavalcanti, do PTB de Roraima, a atualização do valor pago pode até ser justa, mas o assunto foi mais uma vez mal encaminhado pelo governo: Mozarildo - Medida provisória é uma questão para quando existe urgência e relevância, essa é uma questão muito mais de negociação, devia ser conduzida portanto no nível dos dois governos, para chegar a um acordo que fizesse alguma atualização para atender a uma nova realidade que estivesse vivendo o Paraguai e o Brasil. Rep: pelo acordo aprovado na câmara e que agora será analisado no senado, o Brasil aceita pagar três vezes mais pelo megawatt/hora de energia excedente gerada em Itaipu, de três para nove dólares. Isso deve gerar um custo adicional aos cofres brasileiros de cerca de 240 milhões de dólares ao ano. O governo promete achar uma saída para evitar que esse reajuste seja pago pelo consumidor.
07/04/2011, 06h04 - ATUALIZADO EM 07/04/2011, 06h04
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