Comissão pode decidir sobre modelo para eleição de deputados nesta terça
LOC: A COMISSÃO DA REFORMA POLÍTICA PODE DECIDIR, NESTA TERÇA-FEIRA, QUAL SERÁ O MODELO USADO EM NOSSO PAÍS PARA A ELEIÇÃO DE DEPUTADOS E VEREADORES.
LOC: SAIBA MAIS INFORMAÇÕES NESTA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
TEC: Voto Distrital, Distrital Misto, Lista Fechada ou Aberta, Sistema Proporcional ou Sistema Majoritário. Estes são os modelos que estão em discussão para as eleições de deputados federais, estaduais e vereadores em nosso país, que o presidente da Comissão da Reforma Política, senador Francisco Dornelles do PP do Rio de Janeiro, espera já ver decidido na reunião marcada para a tarde desta terça-feira. Esta votação estava prevista para a semana passada, mas devido à grande controvérsia que provocou, foi adiada. Na pauta, serão analisadas as três propostas mais votadas: o Voto Proporcional em Lista Fechada, o Voto Distrital Misto em Lista Fechada e o chamado ¿Distritão¿. O modelo atual em vigor no Brasil é o ¿Sistema Proporcional de Lista Aberta¿, em que os deputados e vereadores são eleitos de acordo com a votação conseguida por suas coligações, tomando posse os mais votados dentro de cada coligação. Este sistema permite o fenômeno dos chamados ¿puxadores de votos¿, como foram os casos de Enéas Carneiro, Clodovil Hernandes e Tiririca, que levam sempre junto com eles deputados com votações bem menores. No chamado ¿Sistema de Lista Fechada¿, é o Partido quem define seus candidatos prioritários, e eles tomam posse também de acordo com a votação conseguida junto ao povo. Ou seja, neste sistema o eleitor vota para deputado e vereador em um Partido, e não em um candidato. Este é o sistema utilizado em praticamente todos os países europeus. A variação deste sistema é o chamado ¿Voto Distrital Misto¿, em que na prática o eleitor escolhe um candidato para representar o distrito em que mora, e vota também em um Partido, que pode inclusive ser diferente do Partido em quem votou dentro do distrito. Este sistema é chamado de ¿Distrital Misto¿ porque metade dos deputados são eleitos pelos distritos, e a outra metade pelos Partidos, sempre é claro de acordo com as votações conseguidas junto ao povo. O país que consagrou este sistema foi a Alemanha. A última proposta em votação é o ¿Distritão¿. Este modelo acaba com o fenômeno dos ¿puxadores de votos¿, pois serão eleitos para deputado e vereador os que conseguirem as maiores votações, independente da coligação da qual fazem parte. O tema parece complicado, mas como é o futuro da sociedade brasileira que está em jogo, o senador Wellington Dias do PT do Piauí chama a atenção para que o povo acompanhe esta reforma política com lupa. (WELLINGTON DIAS): Mesmo os políticos sendo os maiores especialistas nesta área, envolve um conjunto de atores, um conjunto de outros atores, e é o destino de uma sociedade que a gente discute quando faz uma reforma política, não apenas dos Partidos. (REP): As propostas aprovadas pela Comissão da Reforma Política vão ser encaminhadas à Mesa Diretora do Senado. Os trabalhos deverão estar concluídos no dia 8 de abril.
LOC: SAIBA MAIS INFORMAÇÕES NESTA REPORTAGEM DE SERGIO VIEIRA.
TEC: Voto Distrital, Distrital Misto, Lista Fechada ou Aberta, Sistema Proporcional ou Sistema Majoritário. Estes são os modelos que estão em discussão para as eleições de deputados federais, estaduais e vereadores em nosso país, que o presidente da Comissão da Reforma Política, senador Francisco Dornelles do PP do Rio de Janeiro, espera já ver decidido na reunião marcada para a tarde desta terça-feira. Esta votação estava prevista para a semana passada, mas devido à grande controvérsia que provocou, foi adiada. Na pauta, serão analisadas as três propostas mais votadas: o Voto Proporcional em Lista Fechada, o Voto Distrital Misto em Lista Fechada e o chamado ¿Distritão¿. O modelo atual em vigor no Brasil é o ¿Sistema Proporcional de Lista Aberta¿, em que os deputados e vereadores são eleitos de acordo com a votação conseguida por suas coligações, tomando posse os mais votados dentro de cada coligação. Este sistema permite o fenômeno dos chamados ¿puxadores de votos¿, como foram os casos de Enéas Carneiro, Clodovil Hernandes e Tiririca, que levam sempre junto com eles deputados com votações bem menores. No chamado ¿Sistema de Lista Fechada¿, é o Partido quem define seus candidatos prioritários, e eles tomam posse também de acordo com a votação conseguida junto ao povo. Ou seja, neste sistema o eleitor vota para deputado e vereador em um Partido, e não em um candidato. Este é o sistema utilizado em praticamente todos os países europeus. A variação deste sistema é o chamado ¿Voto Distrital Misto¿, em que na prática o eleitor escolhe um candidato para representar o distrito em que mora, e vota também em um Partido, que pode inclusive ser diferente do Partido em quem votou dentro do distrito. Este sistema é chamado de ¿Distrital Misto¿ porque metade dos deputados são eleitos pelos distritos, e a outra metade pelos Partidos, sempre é claro de acordo com as votações conseguidas junto ao povo. O país que consagrou este sistema foi a Alemanha. A última proposta em votação é o ¿Distritão¿. Este modelo acaba com o fenômeno dos ¿puxadores de votos¿, pois serão eleitos para deputado e vereador os que conseguirem as maiores votações, independente da coligação da qual fazem parte. O tema parece complicado, mas como é o futuro da sociedade brasileira que está em jogo, o senador Wellington Dias do PT do Piauí chama a atenção para que o povo acompanhe esta reforma política com lupa. (WELLINGTON DIAS): Mesmo os políticos sendo os maiores especialistas nesta área, envolve um conjunto de atores, um conjunto de outros atores, e é o destino de uma sociedade que a gente discute quando faz uma reforma política, não apenas dos Partidos. (REP): As propostas aprovadas pela Comissão da Reforma Política vão ser encaminhadas à Mesa Diretora do Senado. Os trabalhos deverão estar concluídos no dia 8 de abril.
