Senadores divergem diante da possibilidade da criação de novo imposto — Rádio Senado

Senadores divergem diante da possibilidade da criação de novo imposto

OS SENADORES ESTÃO DIVIDIDOS DIANTE DA POSSIBILIDADE DE CRIAÇÃO DE UM NOVO IMPOSTO PARA FINANCIAR A SAÚDE.
 
A MAIORIA DA POPULAÇÃO, NO ENTANTO, MANIFESTOU OPINIÃO CONTRÁRIA A UM POSSÍVEL RETORNO DA CPMF. FOI O QUE MOSTROU UMA PESQUISA DO IBOPE, ENCOMENDADA PELA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA, CNI.
 
A pesquisa CNI-Ibope mostrou que 72 por cento dos brasileiros são contra a recriação de um imposto para ajudar a financiar a saúde no país. Só 20 por cento dos entrevistados se manifestaram a favor de uma nova CPMF. Apesar de não haver nenhuma proposta formal nesse sentido, a hipótese de recriação de uma fonte de recursos para a saúde tem sido defendida por segmentos do Executivo, do Congresso Nacional e por governadores de Estado, inclusive os de partidos oposicionistas. O senador Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, acha que o Poder Legislativo errou ao acabar com a CPMF, em 2007, retirando da saúde dinheiro que poderia ter sido investido no saneamento básico, por exemplo: (INÁCIO ARRUDA) sou daqueles que acreditam que, para cumprir essa missão de pegar o saneamento ambiental, de cuidar dos lixões, do esgotamento sanitário, das dragagens urbanas, de obra de grande envergadura no nosso País, que tem interface direta com a saúde, nós precisamos retomar esse debate. Aqui, exatamente nesta Casa, por um voto apenas nós deixamos de ter R$200 bilhões. (MAURÍCIO): Já o senador Mozarildo Cavalcanti, do PTB de Roraima, acha que não falta dinheiro para a saúde. O problema estaria na corrupção. O senador considera a CPMF injusta porque, segundo ele, o imposto também é cobrado dos mais pobres, que não tem sequer conta bancária. (MOZARILDO CAVALCANTI) Vamos falar do pãozinho. O produtor do trigo paga a CPMF, quando compra a semente. O comprador do trigo paga a CPMF, quando paga a compra do grão. O moinho paga a CPMF. Finalmente, quando a pessoa vai à panificadora para comprar o pão, está lá a CPMF embutida em cadeia. (MAURÍCIO): A pesquisa CNI-Ibope mostrou também que 87 por cento dos brasileiros consideram muito elevada a carga tributária paga pelos trabalhadores. O levantamento foi feito com duas mil e duas pessoas, em 140 municípios brasileiros.
17/03/2011, 06h36 - ATUALIZADO EM 17/03/2011, 06h36
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