Jucá não aceitará sugestão que altere valor aprovado pela Câmara — Rádio Senado

Jucá não aceitará sugestão que altere valor aprovado pela Câmara

LOC: O LÍDER DO GOVERNO NO SENADO ANTECIPOU QUE NÃO VAI ACEITAR NENHUMA SUGESTÃO PARA MUDAR O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO DE QUINHENTOS E QUARENTA E CINCO REAIS APROVADO PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS.

LOC: A OPOSIÇÃO VAI INSISTIR NUM REAJUSTE MAIOR DURANTE A VOTAÇÃO NO PLENÁRIO, PREVISTA PARA ESTA QUARTA-FEIRA.

TÉC: Para garantir que o projeto de lei do salário mínimo não precise de mais uma votação na Câmara dos Deputados, o líder do governo no Senado, Romero Jucá, do PMDB de Roraima, antecipou que vai rejeitar todas as sugestões de alteração do valor. Os deputados aprovaram o piso definido pela equipe econômica, de 545 reais. Jucá é relator do projeto no Senado e destacou que durante a discussão no Plenário, todos os senadores terão a oportunidade de defender o valor que quiserem. Mas avisou que vai manter o texto da Câmara. Ele lembrou que o projeto precisa ser rapidamente votado, já que o valor em vigor é o de 540 reais e a diferença de 5 reais em relação ao piso de 545 reais não será retroativa. (Jucá) O pagamento não retroativo. É a partir da aprovação. Por isso, tenho pressa em votar rapidamente em fevereiro para que seja sancionado e passe a valer em março. Queremos aprovar o projeto que veio da Câmara que define a política e fixa o salário mínimo em 2011. Portanto, não há o que modificar. REP: O líder do DEM, senador José Agripino Maia do Rio Grande do Norte, lamentou a decisão do relator de já antecipar que não vai acatar as chamadas emendas. Ele afirmou que o partido vai insistir no valor de 560 reais. (Agripino) Eu acho que é uma atitude truculenta e que não condiz com o espírito democrático sempre posto em prática pelo senador Jucá na discussão dos temas mais polêmicos do Congresso. Acho que debater é obrigação do Congresso. Argumentar é dever do parlamentar. Não permitir o debate é truculência e autoritarismo que não cabe na relação congressual. REP: O senador petista Paulo Paim, do Rio Grande do Sul, disse que ainda negocia com o partido como ele vai votar. Mas sinalizou que para manter a política de reajuste até 2015, abrirá mão do pedido de antecipação do reajuste para que o piso deste ano seja de 560 reais. (Paim) Para mim o mais importante é garantir que a política salarial seja aprovada. Queremos abrir uma alternativa de debate na Casa sobre como ficam a política de reajuste dos aposentados e o fator previdenciário. A antecipação pode ser negociada desde que haja esse outro encaminhamento. REP: O novo cálculo do salário mínimo é a soma do crescimento econômico dos dois anos anteriores e da inflação do último ano. O PPS ameaça a recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra artigo do projeto que permite que os reajustes até 2015 sejam definidos por decreto presidencial e não por projeto de lei.
21/02/2011, 01h16 - ATUALIZADO EM 21/02/2011, 01h16
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